Policiais são acusados de espancar e roubar taxista em São Paulo

Felipe Tau
18/07/2012 às 17:39.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:39

Seis policiais são investigados pela Corregedoria da Polícia Militar por suspeita de ter espancado e roubado um taxista de 29 anos na madrugada de domingo (15), na região central da capital paulista. As agressões teriam ocorrido por volta das 4 horas da manhã, na avenida Rio Branco, e incluído chutes na cabeça do rapaz. Um aparelho instalado no veículo para comunicação do taxista com a central, chamado de PDA, também teria sido levado pelos PMs, segundo o motorista.

Em depoimento no 8º Delegacia de Polícia (Brás/Belém), o taxista afirma que tudo começou ao passar em alta velocidade por uma viatura na Rua Alfredo Maia, na Luz, quando levava uma passageira com urgência para ser atendida na Santa Casa de Misericórdia, na Santa Cecília.

Depois de deixar a Santa Casa, o motorista foi seguido pela viatura e abordado em um posto de gasolina na travessa da Avenida Amaral Gurgel com a Rua Major Sertório. Após ter o carro vistoriado, foi multado por avançar o sinal vermelho, por direção perigosa e por portar um extintor de incêndio defeituoso dentro do carro, um Chevrolet Meriva. Liberado, foi abordado novamente pela polícia na avenida Rio Branco. Ele relata no boletim de ocorrência que foi preso e agredido logo ao sair do veículo e que teve o PDA de seu carro roubado pelos policiais, da 1ª Companhia do 7º Batalhão.

Em entrevista à rádio CBN, o condutor relata as supostas agressões. "Os seis bateram, chutando minha cabeça, prensando minha cabeça", diz ele. "Tenho o corpo delito, tenho fotos do meu corpo inchado, tenho tudo para provar que sofri esses abusos". Em nota, a Polícia Militar afirma que o taxista registrou a denúncia na corregedoria da PM e que "até o momento não foram identificados possíveis autores, bem como a própria veracidade dos fatos". No inquérito aberto no 8º DP, os PMs são investigados por abuso de autoridade, furto e condescendência criminosa - crime ocorrido quando um funcionário público deixa de penalizar um subordinado que cometeu uma infração.
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