O prefeito de Betim, Vittorio Medioli, afirmou que há um interesse da administração da cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte em absorver os cerca de 1.800 pousos e decolagens realizados mensalmente no aeroporto Carlos Prates, na região Noroeste da capital.
No dia 21 de outubro, um avião caiu no bairro Caiçara, atingindo três carros. Quatro pessoas morreram e outras duas permanecem internadas no Hospital João XXIII. A aeronave havia decolado do aeroporto Carlos Prates.
Um projeto para a construção de um aeroporto em Betim é elaborado desde o início de 2018, visando atender demandas da própria cidade e da região – em Brumadinho, por exemplo, há demanda pelo público visitante do Instituto Inhotim.
No dia 21, avião de pequeno porte caiu sobre ruas do bairro Caiçara; quatro pessoas morreram
“Betim se interessa em ter uma pista de pouso que possa substituir o aeroporto Carlos Prates. Temos um grande projeto aeronáutico, em fase de definição, que poderia comportar perfeitamente uma escola de pilotagem, com muito menos riscos, do que o Carlos Prates, porque haveria área de amortecimento para corrigir pousos e decolagens”, afirmou Medioli.
O prefeito explicou ainda que a área escolhida para abrigar o empreendimento é de baixíssima densidade populacional, próximo a reservas ambientais.
Mercado
Em visita ao jornal Hoje em Dia, na manhã desta quinta-feira (31), o prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil afirmou que quem decide de onde devem partir voos é o próprio mercado.
“A logística de aviação é feita pelo mercado, pouca gente sabe disso. Se liberam voos para o aeroporto da Pampulha, é o mercado quem vai dizer quantos. A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) pode dizer o máximo de voos permitidos, quem determina quais voos serão feitos no aeroporto é o mercado”, afirmou.
Segundo a Infraero, responsável pela gestão do Carlos Prates, o aeroporto opera dentro dos requisitos de segurança operacional estabelecidos pela Anac e determinações do Ministério da Infraestrutura.