Prefeitura de BH estima perda de R$ 500 milhões na receita devido ao novo coronavírus

Da Redação
primeiroplano@hojeemdia.com.br
06/04/2020 às 20:44.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:12
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

(Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O prefeito de Belo de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, estimou nesta segunda-feira (7) que o Executivo municipal deve ter uma queda na arrecadação de R$ 500 milhões neste ano, devido à crise com o agravamento do novo coronavírus no Brasil. No mês passado, o governo do Estado também previu uma retração em torno de R$ 7 bilhões na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Durante coletiva ontem, quando anunciou novas medidas para apertar o cerco e garantir o isolamento social, Kalil informou também que as lojas que comercializam chocolates em Belo Horizonte vão poder abrir, de acordo com decreto editado pelo município , exceto as que funcionam em shopping. Dessa forma, os lojistas devem evitar a aglomeração nos estabelecimentos.

Vendas da Páscoa
No entanto, mesmo com a abertura dessas lojas em BH, a Conferação Nacional do Comérciod e Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que as vendas da Páscoa devem registrar queda histórica de 31,6% em relação a 2019. Se for confirmada, representará perda de R$ 738 milhões para o setor de comércio.

O estudo da CNC, indica ainda que o faturamento do varejo deve alcançar R$ 1,5 bilhão neste ano. No ano passado, ficou em R$ 2,3 bilhões.
</CS>A Páscoa é uma das mais importantes datas do comércio brasileiro. O presidente da CNC, José Roberto Tadros, comentou que no início do ano este cenário era inimaginável e acrescentou que esse desempenho é um efeito do isolamento social no setor.

A medida foi indicada pelo Ministério da Saúde e adotado por governos estaduais e municipais no combate ao agravamento da contaminação. “Os efeitos da pandemia de Covid-19 restringiram dramaticamente o fluxo de consumidores nas lojas. Há registro de quedas de 35% no comércio de rua e de 50% nos shopping centers ao longo do mês passado”, explicou.

O economista da CNC, Fábio Bentes, responsável pelo estudo, destacou a influência do aumento do dólar e a aversão ao crédito, por parte do consumidor, para o consumo dos produtos considerados não essenciais. Na visão de Bentes, haverá também efeitos no mercado de trabalho.

“Estes acabam sendo problemas de menor magnitude perto dos efeitos negativos que a crise deverá provocar sobre o mercado de trabalho e, consequentemente, sobre a confiança dos consumidores quanto ao consumo não essencial”.

Comércio fechado
No mês passado, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) estimou um prejuízo, somente naquele mês de R$ 2,09 bilhões com o fechamento do comércio na capital. Novas pesquisas devem ser realizadas neste mês.

Com Agência Brasil
 

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