As reformas previstas no país nas áreas trabalhistas, previdenciária e fiscal não deverão ser suficientes para um estímulo efetivo à área produtiva no Brasil. O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, acredita que é preciso ir além com ações de incentivo à produção e redução da burocracia.

Enquanto isso não acontece, as projeções são de o processo de desindustrialização permanecer no país. Para este ano, segundo Andrade, Produto Interno Bruto (PIB) da indústria deverá cair em torno de 3%. No ano que vem, em um cenário mais otimista, é possível que o setor fique no zero a zero.

“Precisamos de medidas de incentivo à produção, reduzir a burocracia e dar mais segurança jurídica para os investimentos. Isso pode fazer a economia retomar. E é preciso retorno dos investimentos para fazer a nossa economia funcionar”, disse em evento da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), realizado na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), nesta segunda-feira.

Segundo o presidente da CNI, ele tem mantido diálogo constante com o governo federal em busca de formulação de uma política industrial. Assim que o presidente, Michel Temer, assumiu o poder, a entidade entregou um documento com algumas reivindicações do segmento. Porém, as discussões não têm avançado em função da crise política pela qual o Brasil atravessa que tem sido responsável por uma “paralisia do país”, nas palavras do próprio Andrade. 

Leia mais:
Empresário mineiro começa a resgatar confiança no setor de construção civil
Minas e outros quatro estados responderam por quase dois terços do PIB do país em 2014, diz IBGE
Buffets e padarias de BH esperam crescimento nas vendas de até 30% com cardápios de fim de ano

Compartilhar