Presidente da Fecomércio em Minas, Lázaro Gonzaga, é foragido da Justiça

Cristina Barroca e Tatiana Moraes - Hoje em Dia
25/11/2015 às 18:29.
Atualizado em 17/11/2021 às 03:05
 (Eugênio Moraes/Arquivo Hoje em Dia)

(Eugênio Moraes/Arquivo Hoje em Dia)

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), Lázaro Luiz Gonzaga, é considerado foragido pela Justiça.

Ele teve mandado de prisão preventiva expedido na sexta-feira (20) pela juíza Lucimeire Rocha, da Vara de Inquéritos Criminais de Belo Horizonte, e até o final da tarde da quarta-feira (25) não havia dado entrada em nenhuma unidade do sistema prisional do Estado, segundo a secretaria de Defesa Social de Minas Gerais.

Investigado por desvios na Fecomércio-MG, a prisão do presidente do Sistema foi decretada para evitar novos crimes e uma possível destruição de provas do inquérito, segundo o promotor Eduardo Nepomuceno, do Ministério Público Estadual (MPE). Ainda de acordo com o promotor, o presidente da Fecomércio-MG teria descumprido a ordem judicial de afastamento.

O advogado do presidente do Sistema, Hebert Chimicatti, disse que esteve com o cliente na tarde de terça-feira (24) e que ainda não teve acesso aos autos do processo.

Por nota, a assessoria de imprensa da Fecomércio-MG afirmou que “O Sistema tem prestado as informações solicitadas para o desenvolvimento do processo, disponibilizando a equipe de profissionais do Administrador Judicial todos os documentos necessários, a fim de manter a transparência e credibilidade das investigações”.

Desvio

Conforme o Hoje em Dia mostrou com exclusividade em 13 de março deste ano, gestores da Fecomércio-MG são investigados por desvios estimados em R$ 70 milhões.

Como as entidades mantidas pela Fecomércio-MG recebem doações, o capital movimentado por elas são considerados públicos. Desde 2013, a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Belo Horizonte, do MPE, investiga denúncia de desvio e lavagem de dinheiro nessas entidades. No centro das apurações está a empresa LG Participações e Empreendimentos Ltda.

Entre as irregularidades apontadas no inquérito, chamou a atenção do MPE a compra, supostamente superfaturada, de dois imóveis no bairro São Francisco pela quantia superior a R$ 30 milhões.

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