Presidente egípcio dialoga com juízes para tentar conter crise

Renata Giraldi - Agência Brasil
27/11/2012 às 08:33.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:40
 (STR/AFP)

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BRASÍLIA – Em meio a protestos e críticas, o presidente do Egito, Mouhamed Mursi, conversou na segunda-feira (26) com os juízes e magistrados, na tentativa de encerrar a crise causada por um decreto que amplia os poderes presidenciais. Mursi disse que o decreto será mantido por tempo limitado e apenas para "assuntos soberanos" de proteção das instituições egípcias. Apesar da informação, está marcado para esta terça-feira (27) um protesto no Cairo, capital egípcia, contra Mursi.

Pelo decreto, editado na semana passada, o presidente amplia seus poderes, sem direito a contestação externa, e reduz as ações do Judiciário e do Legislativo. A medida gerou críticas, polêmicas e manifestações violentas no país.

A Irmandade Muçulmana, partido de Mursi, chegou a plenajar uma manifestação em favor do governo, mas cancelou a ação para evitar o agravamento das tensões. Ontem, Mursi esteve reunido, durante cinco horas, com integrantes da Suprema Corte.

O porta-voz da Presidência da República, Yasser Ali, disse que Mursi assegurou que a independência judiciária será respeitada. Ali informou também que não haverá novos julgamentos de oficiais que trabalharam para o ex-presidente Hosni Mubarak (derrubado pela Primavera Árabe no ano passado) até que novas provas sejam apresentadas.

Líderes da oposição, como o Nobel da Paz Mohamed El Baradei, disseram que só aceitarão dialogar  com o governo se o presidente revogar o decreto.

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