Primo de Aécio e ex-assessor de Zeze Perrella deixam penitenciária com tornozeleiras

Gabriela Sales
gsales@hojeemdia.com.br
22/06/2017 às 13:49.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:12
 (TV Globo/Reprodução)

(TV Globo/Reprodução)

Frederico Pacheco, primo do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), e Mendherson Souza Lima, ex-assessor parlamentar do senador Zeze Perrella (PMDB-MG), deixaram a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, no início da tarde desta quinta-feira (22), já com tornozeleiras eletrônicas para o cumprimento da prisão domiciliar.

A jornalista Andrea Neves, irmã de Aécio, passou pelo mesmo procedimento na madrugada desta quinta-feira (22), quando deixou o Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, na bairro Horto, na região Leste de Belo Horizonte, rumo à casa dela, em Brumadinho, na Grande BH.

A Seap disse ainda que atualmente o Estado conta com 4.389 tornozeleiras e que o equipamento está sendo utilizado por 1.712 pessoas. A pasta esclareceu ainda que não há déficit de tornozeleiras nem presos aguardando pela colocação delas.  

Primeira Turma

No dia 20, o primeiro julgamento foi em relação a Mendherson Souza Lima, filmado pegando parte do total de R$ 2 milhões que, de acordo com as investigações da Procuradoria-Geral da República, foram entregues pela JBS a pedido de Aécio Neves. Ele, Frederico Pacheco e Andrea Neves são apontados como auxiliares do tucano na denúncia oferecida pelo crime de corrupção passiva.

O último e desempatador voto foi do ministro Luiz Fux, que na semana passada havia votado pela manutenção da prisão de Andrea Neves, mas ontem disse entender que a prisão de Mendherson – e, por extensão, de Andrea – poderia ser revogada. 

Fux apontou a necessidade de medidas para impedir a possibilidade de destruição de provas, “porque ainda não temos um juízo completo sobre as demais atividades criminosas”. 

De acordo com o voto de Fux, a 1ª Turma decidiu aplicar a Mendherson prisão domiciliar, proibição de contato com os investigados, proibição de se ausentar do país, entrega do passaporte e monitoramento eletrônico com tornozeleira. Junto com ele, votaram os ministros Marco Aurélio Mello e Alexandre de Moraes; ficaram vencidos Luís Roberto Barroso e Rosa Weber, que queriam a manutenção da prisão.

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