Produtos da ceia de Natal variam até 160% em BH

Lucas Simões
Publicado em 17/12/2018 às 22:28.Atualizado em 05/09/2021 às 15:37.
 (Flávio Tavares/Arquivo Hoje em Dia)
(Flávio Tavares/Arquivo Hoje em Dia)

A sete dias para o Natal, consumidores da capital mineira devem estar preparados para enfrentar variações de até 160% no preço dos principais itens da cesta natalina, segundo a última pesquisa do site Mercado Mineiro. Entre os alimentos com maior diferença de custo estão o pêssego, as uvas-passas e as ameixas. Apesar disso, quem deixou para fazer as compras de bacalhau, peru e panetone nesta semana poderá economizar ao pechinchar descontos.

A pesquisa do Mercado Mineiro analisou 75 itens que compõem a cesta natalina em mais de 20 estabelecimentos da cidade, entre 13 e 14 de dezembro. Segundo Feliciano Abreu, diretor do site Mercado Mineiro, a média de variação dos preços é a mesma de anos anteriores. A diferença é que, por causa da alta do dólar, alguns produtos importados sofreram reajuste maior. O quilo do bacalhau do Porto, por exemplo, pode custar entre R$ 66,45 e R$ 135, tendo uma variação de até 103% no preço.

“No geral, essa variação de até 160% dos preços segue a mesma linha dos anos anteriores. Apenas os produtos importados podem ter uma variação maior devido à alta do dólar. Assim, esse aumento afeta mais o bacalhau nobre e também as bebidas alcoólicas”, avalia Feliciano.

O campeão de variação de preços em Belo Horizonte é o pêssego, que pode custar a partir de R$ 4,98 até R$ 12,99 o quilo, atingindo uma diferença de 160%. Em segundo lugar, estão as tradicionais uvas passas pretas, que têm preço entre R$ 10 e R$ 22,90 o quilo, registrando uma diferença final para o consumidor de até 129%.

“Esses itens, assim como as ameixas e as nozes também, sofrem pela entressafra, então, é natural o aumento e a variação nos preços. Normalmente, o consumidor já deve ir às compras para pechinchar se for comprar esses itens específicos”, diz Feliciano.

Apesar disso, quem deixou para fazer as compras da ceia de Natal a partir dessa semana vai encontrar preços médios mais em conta em alguns produtos bem tradicionais. 

O quilo do bacalhau Saithe, por exemplo, que custava em média R$ 46,33 caiu para R$ 42,47. Já o panetone tradicional, de 500 gramas, teve redução de, pelo menos, 5% em todas as marcas. Apenas os panetones de fabricação própria ou artesanais registraram alta variação, podendo custar de R$5,98 a R$11,82, uma variação de 97%.

“Esses itens sazonais, como bacalhau e panetone tradicional, precisam ser vendidos agora, antes do Natal, porque depois perdem o sentido simbólico. Então, os comerciantes também querem queimar os estoques e acabam concedendo descontos. Uma dica é comparar os preços, marcas e qualidades do produto para não gastar para mais”, diz Feliciano.

SAIBA MAIS

Pelo menos dois em cada dez brasileiros que recebem o 13º salário pretendem usar parte desse dinheiro para comprar presentes de Natal, segundo levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Comparado aos trabalhadores que têm planos de poupar os vencimentos de dezembro (27% dos entrevistados), os que tendem a gastar parte do dinheiro, mesmo com dívidas ativas pendentes, somam 23% dos entrevistados. Hoje, no país, existem 63 milhões de pessoas com o nome sujo.

Apenas 17% dos trabalhadores têm a intenção de utilizar o dinheiro extra para quitar dívidas atrasadas, segundo a pesquisa. Outros 16% dos entrevistados afirmaram que vão gastar o dinheiro extra durante as festividades de Natal e Ano Novo. E apenas 13% consideram pagar despesas essenciais, como aluguel, contas de água, luz e internet, por exemplo. Além disso, somente 11% dos entrevistados manifestou interesse em guardar o dinheiro do 13º para cobrir gastos típicos do início do ano, como os pagamentos das parcelas de IPTU e IPVA, por exemplo.

Na capital mineira, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) anunciou, no início deste mês, a antecipação do 13º salário e também dos vencimentos referentes a janeiro, ambos pagos até o dia 28 de dezembro. A medida beneficia os cerca de 65 mil funcionários públicos da administração municipal e pretende injetar pelo menos R$ 750 milhões na economia da capital somente com as compras voltadas às festividades de fim de ano.


 

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