Professor mineiro testemunha tensão de israelenses

Ana Luisa Faria - Hoje em Dia
25/07/2014 às 08:25.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:31
 (AFP)

(AFP)

Uma população que tenta levar a vida normalmente, mas que tem o medo e a insegurança como companhias constantes. Apesar da tranquilidade que tentam demonstrar, os israelenses estão a todo momento em alerta.

As impressões são do professor mineiro, coordenador do curso de Relações Internacionais da PUC Minas, Jorge Mascarenhas Lasmar. Ele estava em Israel quando os conflitos começaram.

O professor foi ao país a convite da Universidade de Tel-Aviv para participar de um workshop sobre a questão de Israel e o Oriente Médio.

Segundo Lasmar, o clima nas cidades por onde ele passou – Tel-Aviv, Jerusalém e Haifa – é aparentemente tranquilo. “As pessoas continuam indo ao trabalho, frequentando praias, shoppings. Mas estão o tempo todo preocupadas e monitorando familiares e amigos por celular”, contou.

Lasmar disse que nas cidades mais distantes da Faixa de Gaza, o tempo para se refugiar em abrigos é maior do que nas cidades ao sul. “Eu mesmo estive várias vezes nesses abrigos, mas onde eu estava tínhamos até um minuto e meio para chegar. Em cidades localizadas mais próximas ao local de conflito, o tempo é de apenas 30 ou até 15 segundos”.

A situação na região, na análise de Lasmar, ficará cada vez pior, se o acordo não for assinado logo. Nessa quinta-feira (24), em conversas com os amigos em Israel pelas redes sociais, ficou sabendo que os movimentos se espalharam e até uma mesquita foi fechada. É o recrudescimento do conflito, na avaliação dele.

“Com o início das invasões terrestres, mais israelenses irão morrer, o que aumenta muito o custo político para Israel. E, por isso, os ataques aos palestinos serão intensificados”, explicou.

“O movimento palestino tenta recuperar a credibilidade e a importância política, pois o Hamas perdeu muito apoio nos últimos anos”, disse. O professor ainda afirma que, apesar da guerra, há um grande receio por pare dos israelenses com relação ao fim do Hamas, pois eles não sabem com que tipo de movimento terão que lidar caso o atual adversário chegue ao fim.
 

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