Professores da UFMG realizam ato em defesa ao Memorial da Anistia

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
10/12/2017 às 10:17.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:09
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

Uma manifestação de professores e funcionários da UFMG contra a forma com que a Polícia Federal conduziu a operação Esperança Equilibrista está marcada para 10h deste domingo (10) na rua Carangola, bairro Santo Antônio, região Centro-Sul da capital mineira. No “Ato em Defesa da UFMG e do Memorial da Anistia”, os manifestantes devem descer até a Praça da Liberdade para depois seguir até praça Afonso Arinos.

Em um evento criado no Facebook, 600 pessoas confirmaram presença. No texto assinado pela organização Frente Brasil Popular, há uma convocatória para uma manifestação “em defesa da universidade pública, da autonomia universitária e do pensamento crítico”.

A operação

Deflagrada na última quarta-feira (6), a operação Esperança Equilibrista investiga um desvio de verba na construção do Memorial da Anistia. De acordo com a Polícia Federal, há um desvio de cerca de R$ 4 milhões dos R$ 19 milhões para a reforma e construção de prédios anexos na antiga Fafich, no bairro Santo Antônio, além de uma praça de convivência. As obras, iniciadas em 2009, seguem inacabadas.

Orçada inicialmente com o valor de R$ 5,15 milhões, a obra foi recebendo seguidos termos aditivos até alcançar o total de R$ 28,81 milhões, com vigência até 31/12/2018.

O relatório de auditoria foca-se no primeiro termo aditivo, assinado em junho de 2009. Com esse termo, o valor da obra saltou para R$ 14,3 milhões. A Secretaria Federal de Controle Interno (SFC), no entanto, questionou o montante.

“Não há discriminação, na formalização do termo, dos valores que seriam gastos e nem planilha dos custos do empreendimento”, diz o relatório, acrescentando que o plano não atendeu “nem na forma nem no conteúdo o exigido pela Lei 8.666/93”.

Por meio de nota, a UFMG informou que “por se tratar de apuração que tramita em sigilo, a Universidade não pode se manifestar sobre os fatos que motivam a investigação em curso. Entretanto, dada a transparência com que lida com as questões de natureza institucional, a UFMG torna público que contribuirá, como é sua tradição, para a correta, rápida e efetiva apuração do caso específico”.

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