Protesto pede volta do policiamento e rivaliza familiares de PMs em Vitória

Folhapress
07/02/2017 às 20:38.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:45

Manifestantes contrários à falta de policiamento nas ruas de Vitória protestaram na tarde desta terça-feira (7), fechando parte da avenida Maruípe, em frente ao quartel do comando-geral da Polícia Militar.

Familiares de policiais estão acampados no local deste sábado (4), impedindo a saída dos PMs. Sem patrulhamento, houve inúmeros saques e episódios de violência em cidades da Grande Vitória.

Segundo o Sindicato dos Policiais Civis, foram registrados 75 homicídios desde o início da manifestação, na sexta-feira (3). Somente na segunda, a Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos em Vitória registrou mais de 200 ocorrências. Nesta terça, a fila continuava grande no local e muitos ainda buscavam atendimento.

Na tarde desta terça, um grupo contrário se formou na frente do quartel, pedindo por policiamento. Os manifestantes colocaram fogo em pneus, o que gerou confusão. Os dos lados gritam palavras de ordem e hostilidades.

O Exército, que está na região desde segunda (6) para reforçar o policiamento, interferiu nos protestos para apagar o fogo e liberar a avenida. Foram usadas bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes.

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PMs são proibidos pela Constituição de realizarem greves. Familiares, no entanto, têm impedido que os policiais deixem os batalhões em protesto por reajuste salarial e adicionais por periculosidade e jornada noturna.

A Justiça, porém, considerou ilegal a paralisação e determinou o fim do movimento. No caso de descumprimento da ordem, foi fixada multa diária de R$ 100 mil às associações de policiais militares.

Protestos contra o movimento de familiares de policiais também foram observados em Guarapari. Por meio de redes sociais, moradores se revoltaram com familiares de policiais flagrados em vídeos fazendo festa nas portas de batalhões.

Um outro vídeo mostrava um policial pedindo autorização para as mulheres de policiais na frente de um dos batalhões para que pudessem sair, o que foi negado pelas manifestantes.

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