Qualidade da educação: houve avanço, mas muito pequeno

Do Hoje em Dia
16/08/2012 às 06:31.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:29

Minas Gerais está bem no ranking dos estados brasileiros no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) divulgado há dois dias pelo Ministério da Educação. Esse índice, criado em 2005 pelo MEC, avalia a qualidade de escolas e de redes de ensino públicas e privadas do país. Nas públicas, todos os alunos do quinto e do nono ano do ensino fundamental e do terceiro ano do ensino médio fazem provas de português e matemática, a cada dois anos. Nas privadas, os exames são feitos por amostragem.

Os resultados divulgados agora se referem ao Ideb de 2011. A partir dos índices obtidos, o governo deve estabelecer metas de qualidade e acompanhar o desenvolvimento do ensino nas escolas, municípios e estados.

Houve algum avanço, se comparados os índices do ano passado com os de 2007, mas muito pequeno. O Ideb total aumentou de 4,2 para 5,0 numa escala que vai até 10. Nas escolas públicas, o índice subiu de 4,0 para 4,7 e, nas privadas, de 6,0 para 6,5. As escolas públicas estaduais mineiras alcançaram em 2011 o índice 6,0 nas provas aplicadas aos alunos do quinto ano, ficando em primeiro lugar no ranking dos estados. Nos exames que avaliaram os alunos do nono ano, o Ideb mineiro não passou de 4,4 e, mesmo assim, o estado ocupa o segundo lugar no ranking. Mas caiu para a terceira posição, com índice de 3,7, relativamente aos alunos que concluíram o ensino médio no ano passado.

Na avaliação das escolas privadas, Minas ocupa os primeiros lugares entre os estados, com índices de 7,4 no quinto ano e de 6,5 no nono ano do ensino fundamental. E de 6,1 no último ano do ensino médio.
O que se observa é que os índices de qualidade das escolas públicas mineiras, embora melhores do que os de outros estados, são muito baixos. O fato de serem inferiores aos das escolas privadas não surpreende. Há várias razões para isso, a começar pelos salários dos professores.

Um levantamento feito em setembro de 2009 sobre salários dos professores nas redes estaduais de ensino revelou que Minas estava em 18º lugar no ranking dos estados. No ano passado, os professores fizeram greve de 112 dias, ao fim da qual o governo anunciou que pagaria salários de R$ 1.122 para uma jornada de 24 horas semanais e de R$ 1.320 para os professores que tivessem licenciatura plena.
Apesar de significativa, essa melhoria salarial é ainda insuficiente.

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