R$ 26 bilhões: Energia renovável corresponde à metade dos investimentos em Minas neste ano

Cinthya Oliveira
12/12/2019 às 17:24.
Atualizado em 05/09/2021 às 23:01
 (Mori/Divulgação)

(Mori/Divulgação)

Mais da metade dos investimentos feitos em Minas Gerais neste ano pela iniciativa privada está relacionada ao setor de geração de energia renovável, especialmente a energia solar. De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, até o momento o setor protocolou a intenção de aplicar no Estado recursos de R$ 26,29 bilhões. A previsão é de geração de 3.477 empregos na área.

De acordo com o secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico, Adriano Magalhães, entre os fatores que fizeram tantas empresas ligadas a energia renovável investirem em Minas estão o fator climático (especialmente no Norte do Estado) e a expectativa de uma livre comercialização do produto.

“Além do potencial de geração de energia maior do que em outros Estados, tem ainda o incentivo fiscal. Para geração de até 5MW, não há cobrança de ICMS na comercialização e não há pagamento de imposto na transmissão”, explicou o sub-secretário, durante balanço de gestão apresentado na manhã desta quinta-feira (12). “Mas esse volume de investimentos está ligado a grandes usinas, que não terão esse incentivo, mas vão vender essa energia no mercado livre”.

O valor referente à energia renovável é bastante superior ao do setor da mineração, que sempre foi estratégico para o Estado, mas foi abalado este ano pela tragédia em Brumadinho. Segundo levantamento da secretaria, os projetos da mineração protocolados em 2019 somam R$ 10,64 bilhões.

Recorde

Até o fim do ano, o Governo espera fechar R$ 56 bilhões de investimentos. Caso o número se confirme, Minas Gerais terá registrado um recorde de investimentos, mesmo em um ano de permanência de crise econômica em níveis estadual e federal.

Entre as empresas que investiram em Minas estão a Asta Airlines, do Mato Grosso, que irá assumir voos entre Confins e cidades importantes do interior – vale lembrar que muitas rotas aéreas deixaram de ser realizadas após o fim do programa Voe Minas, em que o Governo subsidiava voos regionais.

O sub-secretário reforçou ainda a importância do investimento da canadense Pratt & Whitney na produção de motores aeronáuticos em São José da Lapa e de abertura de novas fábricas de empresas do setor alimentício, como a Porto Alegre e a Ambev.

Liberdade

Magalhães reforçou também que a liberdade econômica, tão trabalhada na campanha eleitoral do governador Romeu Zema, é um dos pilares do trabalho da secretaria. A principal ação foi o lançamento do programa Minas Livre para Crescer, que visa buscar mudanças na legislação para diminuir a burocracia para empresas.

Ele adiantou ainda que a Fapemig terá liberdade para administrar seus recursos (que devem ser de R$ 300 milhões em 2020) e que o processo de desestatização continua sendo prioridade no Governo Zema. A secretaria está fazendo um levantamento de ativos, participações e direitos em fundos e empreendimentos, além de bens móveis e imóveis do Estado.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por