Rebeldes reivindicam controle de aeroporto próximo ao Iraque

Folhapress
17/11/2012 às 12:57.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:21

SÃO PAULO - Os rebeldes sírios, que lutam para derrubar o regime de Bashar Assad, reivindicaram neste sábado (17) o controle sobre um aeroporto próximo da fronteira com o Iraque. O ganho deve permitir que eles mantenham também controle sobre a cidade fronteiriça de Bukamal. Em represália, houve bombardeio aéreo, segundo rebeldes.

O OSDH (Observatório Sírio de Direitos Humanos), ONG baseada em Londres que acompanha o confronto, afirmou em comunicado que os combatentes, pertencentes a facções distintas, dominaram o local, que era usado por aviões de combate e helicópteros para atacar Bukamal e outras localidades próximas.

Intensos enfrentamentos foram registrados, também neste sábado, perto de Bukamal. Os rebeldes afirmam que essa base era o último reduto das forças leais ao ditador, na Província oriental de Deir ez Zor.

Também neste sábado, quatro pessoas morreram num ataque contra um campo de refugiados palestinos, em Damasco. A capital teve confrontos no bairro de Al Tadamun, nos quais ao menos um rebelde foi morto.

Os opositores declararam que as forças oficiais continuaram bombardeando localidades das Províncias de Idlib e Aleppo (norte), Deraa (sul), Latakia (noroeste), Hama e Homs (centro).

Diferentes grupos rebeldes lutam desde março do ano passado para derrubar o ditador, em um confronto que já deixou mais de 38 mil mortos, segundo o OSDH.

Há uma semana, os grupos rebeldes chegaram a um acordo e formaram uma coalizão liderada pelo clérigo moderado Ahmed Muaz al Khatib, 52, de Damasco. O maior grupo rebelde, o Conselho Nacional Sírio (CNS), detém 22 das 60 vagas. Khatib garante que o futuro governo incluirá "todas as correntes da Síria, entre elas os cristãos e alauitas".

O presidente da França, François Hollande, anunciou hoje que a coalizão vai ter um representante diplomático em Paris que receberá status de embaixador quando o governo provisório for criado. A França é o primeiro país europeu a reconhecer a coalizão como representante única e legítima do povo sírio, em substituição a Bashar Assad.

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