A pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou recuo de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB), o que criou um quadro de recessão técnica no país.

Esse termo é utilizado no meio econômico para criar uma espécie de alerta de que o país pode apresentar uma melhora no setor, ou entrar em recessão de fato, que significa queda na produção, no consumo e deterioração de indicadores econômicos.

O economista da Fecomércio-MG, Guilherme Almeida, explica que o país entra em recessão técnica quando há retração do PIB por dois trimestres seguidos - como o que aconteceu, segundo o estudo do IBGE. "É um indicativo de que ainda há uma certa possibilidade de recuperação de alguns indicadores em um curto prazo", pontuou.

Para ele, os agentes da economia não estão muito confiantes com a recuperação. "A confiança e a expectativa são muito importantes na economia, pois se os agentes, como a indústria, por exemplo, acredita que vai haver melhora, a tendência é investir mais e, consequentemente, acaba alavancando emprego e renda. Porém, se observa-se que a expectativa do mercado não é essa, ocorre uma retração do PIB", salienta.

Na opinião do especialista, a situação econômica do país deve apresentar melhora apenas em meados do meio de 2016, uma vez que o governo federal está tomando medidas de ajuste fiscais, que, para o especialista, "são essesnciais para o ajuste da economia e mostram resultados a médio e longo prazo".