Reitor da UNA diz que preocupação da universidade é reverter desinteresse dos alunos

Tatiana Moraes - Hoje em Dia
30/11/2014 às 09:29.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:12
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

Nem falta de investimentos, nem falta de governo. A falta de interesse dos estudantes brasileiros é o maior desafio da educação do país. A afirmação é do reitor da UNA, Átila Simões. O dirigente da instituição conversou com a reportagem do Hoje em Dia sobre os rumos do sistema de ensino nacional e sobre como o jovem tem se comportado. A íntegra da entrevista será publicada nesta segunda-feira (1º), no Página 2 Entrevista.   Controlado pelo grupo Ânima, o Centro Universitário mantém 33 mil alunos em 12 prédios em Belo Horizonte, Betim e Contagem. A maioria que ingressa na universidade, segundo Simões, está na casa dos 19 anos. Destes, 80% vêm de escolas públicas. “Isso não é uma característica exclusiva da UNA”, explica.   A apatia, no entanto, não é dos alunos que chegam do ensino público. De acordo com o reitor, o problema afeta toda uma geração.   “Parece que os meninos chegam à faculdade sem sonhos, sem saber do verdadeiro potencial”, diz.   Ainda de acordo com Simões, o Brasil tem vencido um desafio quantitativo quando o assunto é a formação de estudantes. No entanto, a formação com qualidade ainda é um problema. Principalmente com relação à educação básica.   O reitor comenta que embora a educação esteja nos discursos políticos, na prática poucas ações são realizadas. Como exemplo, ele cita o Plano Nacional de Educação (PNE), que foi desenvolvido para vigorar entre 2011 e 2020, mas só foi aprovado em 2014. “Se tudo fosse perfeito, ele teria que ser entregue em 2008. E quem reclamou? Ninguém”, critica.   Para tirar os estudantes da inércia, a UNA investe em programas que inserem o aluno em um universo prático, conforme afirma Simões.   Dentre os programas da universidade, ele destaca o UNA 360. Nele, os alunos do centro universitário participam da produção dos eventos de Belo Horizonte. “Os alunos de jornalismo fazem a cobertura, os de arquitetura desenvolvem os camarins, por exemplo”, afirma.

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