Apesar da proximidade das eleições nos Estados Unidos, a disputa entre o presidente Barack Obama e seu rival, Mitt Romney, não tem causado grandes impressões no governo brasileiro. A avaliação é que, com democratas ou republicanos no poder, não haverá grandes mudanças na "estável" relação entre Brasília e Washington.
No Palácio do Planalto, no entanto, não se esconde um certo apreço por Obama - não apenas pela tradicional identificação dos governos brasileiros desde o fim da ditadura com o discurso democrata, mas também por um certo temor de que a volta dos republicanos ao poder poderia significar também o retorno das políticas econômicas extremamente liberais que provocaram a crise de 2008.
Hoje, o Brasil acusa o governo americano de ser o maior responsável pela supervalorização do real, com sua política de "afrouxamento monetário". Ainda assim, a avaliação é que Obama tentou pôr um freio no mercado. Já as propostas republicanas de baixar impostos e liberar investimentos não agradam aos ouvidos brasileiros.
A avaliação em Brasília é que os dois países estabeleceram uma relação estável e houve avanços em diversas áreas, especialmente na questão dos vistos. Apesar de a exigência ainda não ter prazo para acabar, os EUA investiram em formas de facilitar a concessão do documento aos brasileiros - e hoje o Brasil ultrapassa a China como o país que mais recebe vistos americanos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
http://www.estadao.com.br