Revendedoras de gás de cozinha temem desabastecimento; PM fará escolta de caminhões

Liziane Lopes
llopes@hojeemdia.com.br
29/05/2018 às 18:10.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:20
 (Maurício de Souza/ Arquivo Hoje em Dia)

(Maurício de Souza/ Arquivo Hoje em Dia)

Os estoques de gás de cozinha nas 8.500 revendedoras em Minas Gerais estão praticamente zerados, segundo informações do presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de Gás, Alexandre Borjali. "Hoje temos condições de buscar o produto, mas não conseguimos por causa da greve dos caminhoneiros. Amanhã começa a greve nas refinarias e aí não vamos conseguir mais pegar o produto", afima Borjali em referência à paralisação dos petroleiros anunciada para esta quarta (30) em todo país. Entre as reinvidicações do movimento, está a redução no preços dos combustíveis e do GLP. 

No final da tarde desta terça-feira (29), o Gabinete de Crise definiu o gás como item de primeira necessidade, ficando garantida escolta pela Polícia Militar dos caminhões de GLP. Os interessados em receber o produto devem entrar em contato com a http://www.asmirg.com.br/

Mais cedo, Borjari  participou de reuniões com representantes da Agência Nacional de Petróleo, do Ministério Público de Minas Gerais e da Defesa Civil Estadual. 

Por meio de nota, o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), informou que algumas praças ainda possuem um estoque mínimo de GLP. "Grevistas e forças policiais estão permitindo apenas a passagem de caminhões com GLP a granel para abastecer serviços essenciais, como hospitais, creches, escolas e presídios. Porém, caminhões com botijões de 13kg, 20kg, 45kg vazios ou cheios com nota fiscal a caminho das revendas não são reconhecidos pelos grevistas como abastecimento de um serviço essencial, o que é um equívoco, pois o produto nessas embalagens também pode ser destinado ao abastecimento de serviços essenciais", esclareceu em nota. 

Nelson Ziviani, dono de uma revendedora de GLP no bairro Carlos Prates, na região Noroeste de Belo Horizonte, informou que, após sete dias sem nenhum produto, recebeu nesta quinta feira 100 GLPs. "Estou com lista de espera de 300 pessoas e só recebi cem botijões. Infelizmente, desde que a greve dos caminhoneiros começou, deram atenção pra todo mundo, mas esqueceram do gás, que é um produto de primeira necessidade", afirmou. 

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