Rigidez em gastos estaduais e municipais gera perspectiva negativa, diz Moody's

Estadão Conteúdo
05/12/2016 às 15:27.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:57
O volume da inadimplência seguiu o movimento de avanço do endividamento em junho. O total de famílias com dívidas atrasadas chegou a 29,2% (TSE/Divulgação)

O volume da inadimplência seguiu o movimento de avanço do endividamento em junho. O total de famílias com dívidas atrasadas chegou a 29,2% (TSE/Divulgação)

A agência de classificação de risco Moody's afirmou que a perspectiva para os governos de estados e municípios brasileiros em 2017 é negativa. Segundo a agência, pressões contínuas sobre as despesas e um fluxo de receita ainda fraco irão prejudicar a capacidade dos governos de recuperar o desempenho fiscal sólido e melhorar a liquidez. "Esforços para a aprovação de reformas que têm como objetivo conter o crescimento das despesas continuarão enfrentando resistência", disse a Moody's. "As despesas com folha de pagamento e aposentadoria têm aumentado constantemente nos últimos anos e, agora, representam quase metade de todos os gastos dos governos estaduais e municipais", disse Paco Debonnaire, analista da Moody's. "Nossa expectativa é que o crescimento contínuo das despesas com pessoal persista até 2017", afirmou. Segundo a agência, os governos estaduais e municipais brasileiros devem se beneficiar de maiores receitas tributárias à medida que a economia se recupera, de forma gradual, de uma recessão profunda. A Moody's também disse que espera um avanço de 0,9% na economia brasileira no ano que vem, após uma contração de 3,5% em 2016.Leia mais:
Governo diz que ações contra fraudes na Previdência economizaram R$ 285 milhões
Guerra jurídica e incerteza sobre reformas criam ambiente de instabilidade
Dívida deve chegar a 78,7% do PIB em 2019

 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por