Robô Curiosity da Nasa descobre rocha incomum em Marte

AFP
12/10/2012 às 15:06.
Atualizado em 22/11/2021 às 02:02
 (Nasa/AFP)

(Nasa/AFP)

WASHINGTON - A primeira rocha analisada em Marte por dois dos instrumentos do robô americano Curiosity da Nasa tem uma composição incomum em comparação com o que se conhecia anteriormente sobre o planeta vermelho, indicaram cientistas da missão.

A composição deste material, que é do tamanho de uma bola de futebol, se parece com rochas incomuns, mas conhecidas na Terra, provenientes dos vulcões.

"Esta rocha é muito similar na composição química a um tipo de rocha que se encontra em muitas das regiões vulcânicas", disse na quinta-feira (11) durante uma teleconferência de imprensa Edward Stolper, do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) e um dos principais cientistas da missão Curiosity.

"Esta é uma hipótese lógica para explicar sua origem", disse. "Mas neste momento, com apenas uma amostra marciana deste tipo, é difícil saber se esta rocha foi produzida pelo mesmo processo que se conhece na Terra".

Na Terra, estas rochas se formam geralmente no manto do planeta debaixo da crosta, a partir da cristalização de magma relativamente rico em água a uma pressão muito alta, disse o cientista.

A rocha, batizada de "Jake Matijevic", foi examinada de forma remota pelo Espectômetro de raios-X por radiação alfa (APXS), montado no braço robótico do robô, assim como pelo laser ChemCam situado no topo do mastro do laboratório móvel.

O Curiosity, que conta com um total de dez instrumentos científicos, também analisará em breve a composição da primeira amostra de areia marciana.

O robô, que estava parado em um monte de areia, coletou uma primeira amostra de solo para testar seu equipamento de amostragem geológica.

A Nasa também determinou que o ponto brilhante visto no solo perto do Curiosity há alguns dias era um objeto de plástico proveniente de uma proteção que não compromete em nada o funcionamento do robô, como se temia.

Durante um período de ao menos dois anos, a missão Curiosity, de um custo de US$ 2,5 bilhões, tem por objetivo explorar o planeta vermelho e tentar determinar se as condições passadas propiciaram ou não a vida microbiana.

O Curiosity, que pesa uma tonelada e tem seis rodas, pousou no dia 6 de agosto em uma zona denominada cratera Gale, no equador de Marte, a oito quilômetros de Monte Agudo, uma montanha de 5 mil metros de altura, destino final do robô.

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