Só 41% dos consumidores de BH pretendem presentear na Páscoa, percentual inferior a 2017

Da Redação
19/03/2018 às 20:30.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:56
 (Maurício Vieira)

(Maurício Vieira)

A crise econômica deixou um gosto amargo e os consumidores de Belo Horizonte estão com menos apetite para consumir e presentear na Páscoa, que neste ano será celebrada em 1º de abril.

Segundo pesquisa da Federação do Comércio de Minas Gerais (Fecomércio MG), 41,2% dos consumidores da capital pretendem presentear durante a comemoração. O percentual é inferior ao observado em 2017, quando 48,8% afirmaram que iriam às compras. Porém, neste ano, o volume de indecisos é maior (12,8%).

Neste ano, o tíquete médio não ultrapassará o valor de R$ 100 para 64,5% dos consumidores. A maioria dos belo-horizontinos (cerca de 40%) pretende desembolsar entre R$ 50 a R$ 100.

Resta ao comércio promover ações para estimular as vendas. O levantamento da Fecomércio MG identificou que 53,8% dos entrevistados que pretendem presentear no próximo 1º de abril serão atraídos por promoções, enquanto para 37,8% a isca serão os preços reduzidos.

Conforme o Hoje em Dia mostrou na edição do dia 12 deste mês, na expectativa de vender até 5% mais nesta Páscoa, na comparação com 2017, alguns supermercados com lojas em Minas vão parcelar ovos e outros quitutes típicos em até dez vezes sem juros no cartão de crédito.

Chocolates e doces são apontados como escolha para 94,6% dos clientes. Desses, 55% serão os tradicionais ovos de Páscoa. Os filhos (49,6%), namorados(as)/esposos(as) (27,7%) e os pais (16%) serão os mais presenteados neste ano.

Caixa

A data que tem a “cara” do coelhinho gera um impacto positivo no caixa para quase 40% das empresas do varejo de Belo Horizonte, e a expectativa, para este ano, continua boa.

Entre as empresas influenciadas pelo evento mais doce do ano, aproximadamente 76% acreditam em vendas iguais ou melhores em relação a 2017. Para incrementar os negócios, elas pretendem realizar promoções/liquidações (36,7%), oferecer produtos alternativos ao chocolate (14,3%), investir em propaganda (13,3%), entre outras ações. Um percentual de 4,7% das lojas planeja até contratar funcionários.

Para o economista da Fecomércio MG, Guilherme Almeida, o resultado do estudo mostra pontos favoráveis.“Houve uma queda no indicador de intenção de compra, no entanto, muitos consumidores ainda poderão se decidir pelos presentes de Páscoa com a aproximação da data. Além da melhoria do cenário econômico, o preço mais contido dos produtos neste ano deverá ser um incentivo”, diz.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), os preços dos ovos estão, em média, 3% mais caros neste ano. Segundo as fabricantes, esse aumento se deu por conta da variação da inflação no ano passado - o IPCA de 2017 ficou em 2,95%.

Entretanto, as empresas informam que estão fazendo o possível para que o reajuste não afete ou afaste o bolso do consumidor.

  

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