'Se tivessem me falado, não tinham feito não', diz Antério Mânica em depoimento

Alessandra Mendes - Hoje em Dia
05/11/2015 às 15:48.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:21
 (Alessandra Mendes/ Hoje em Dia)

(Alessandra Mendes/ Hoje em Dia)

O interrogatório do ex-prefeito de Unai, Antério Mânica, teve início na tarde desta quinta-feira (5). Ele é acusado de ser o mandante da morte se quatro servidores do Ministério do Trabalho e Emprego, em 2004. O fazendeiro iniciou seu depoimento alegando que "foi um grande equívoco do Ministério Público me denunciar, eu não tenho nada a ver com esse episódio".

Questionado sobre o juiz federal Murilo Fernandes sobre o motivo pelo qual teria sido imputado a ele fatos que ele não teria participado, Antério não soube explicar a razão. "O MP é que tem que falar isso. Eu não fui citado pelas pessoas condenadas, ou pelo delator. Todas falam no nome de Norberto. Eu não sou Norberto, eu sou Anterio", disse.

Ao ser perguntado pelo juíz quem achava que seria o mandante do crime, o fazendeiro disse que, por tudo que já tinha sido dito, teria sido o irmão dele, Norberto. Antério disse ainda que não tinha motivo para mandar assassinar as vítimas já que as multas que tinha recebido da fiscalização tinham um valor muito pequeno frente ao movimento da fazenda dele.

Questionado então pelo magistrado sobre quem teria motivo para matar, Antério disse que não sabia. "O que fizeram foi uma barbárie. Se tivessem me falado isso, não tinham feito não, é coisa inadmissível isso", afirmou.

Após o interrogatório de Antério Mânica será dado início o debate entre acusação e defesa. Logo após essa fase, o júri se reúne para definir a sentença.

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