Secretário de Saúde do Rio é internado ao tentar apagar fogo em sua cobertura

Marco Antônio Martins - Folhapress
26/10/2012 às 16:21.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:35

RIO DE JANEIRO - O secretário estadual de Saúde, do Rio, o médico Sérgio Côrtes, 47, foi internado no hospital Samaritano, em Botafogo, zona sul do Rio. Côrtes foi levado para lá, na madrugada desta sexta-feira (26), após tentar apagar o incêndio em sua casa, uma cobertura duplex, diante da Lagoa Rodrigues de Freitas, zona sul da cidade.

O imóvel foi adquirido pelo secretário, em 2006, quando ele dirigia o Into (Instituto de Traumato-ortopedia). Pelo imóvel pagou, na época, R$ 1.3 milhão.

Sérgio Côrtes estava junto com o governador Sérgio Cabral, um grupo de secretários e o empresário Fernando Cavendish, da Delta Construções, em 2011, em um jantar em Paris. As fotos foram reveladas, no primeiro semestre deste ano, pelo deputado federal Anthony Garotinho (PR) que as publicou em seu blog. Na ocasião, em uma das fotografias, o secretário de Saúde aparecia com um guardanapo na cabeça dançando ao lado de outros secretários de estado.

De acordo com os bombeiros que foram ao local, o secretário inalou muita fumaça e ainda sofreu um corte na perna direita. A assessoria do hospital informou que Côrtes respira sem a ajuda de aparelhos e está lúcido. Não há previsão de alta.

Os bombeiros ainda contaram que quando começou o incêndio, o secretário Sérgio Côrtes retirou a mulher e as duas filhas do imóvel. Depois retornou para tentar debelar as chamas quando teria desmaiado por causa da fumaça.

Nesta manhã, peritos da Polícia Civil iniciaram análises para tentar descobrir as causas do incêndio.

A secretaria estadual de Saúde divulgou nota informando que "a rápida resposta e ação eficiente dos militares foi fundamental para evitar que houvesse vítimas e outros apartamentos fossem afetados pelas chamas. Sérgio Côrtes declara que tem enorme orgulho de ter feito parte da corporação e procurou utilizar os conhecimentos para impedir que o incêndio se alastrasse, mas reforça que a população não deve fazer o mesmo, aguardando sempre em lugar seguro a chegada do resgate".

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