Segundo exame em paciente com suspeita de Ebola no Brasil dá negativo

Folha Press
13/10/2014 às 16:51.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:36
 (Reprodução/YouTube)

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O resultado do segundo exame laboratorial feito em Souleymane Bah, 47, primeiro caso suspeito de ebola no Brasil, também é negativo, o que descarta em definitivo a possibilidade de infecção do paciente da Guiné pelo vírus. Bah chegou ao Brasil em 19 de setembro, vindo da Guiné --um dos países mais afetados pela doença no momento.

Na quinta-feira (9), o paciente deu entrada em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Cascavel (PR), relatando febre, tosse e dor de garganta. Desde que foi admitido e isolado na UPA, porém, o paciente não apresentou nenhum sintoma característico do ebola --como febre, hemorragia e vômitos.

Um primeiro teste, feito na sexta-feira (10), deu resultado negativo para infecção por ebola. Pelo protocolo, no entanto, um segundo exame deveria ser feito 48 horas após o primeiro para descartar a doença. O resultado deste segundo exame foi divulgado, na tarde desta segunda (13), pelo ministro Arthur Chioro (Saúde).

Descartada a doença, será desmontado o esquema que monitorava, desde quinta (9), as dezenas de pessoas que tiveram contato com Bah --na UPA e no local onde ele mora-- e o eventual surgimento de febre e outros sintomas para o ebola.

Bah, nacional da Guiné, foi isolado na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e transferido em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio. No local, foi colhido o material para esse primeiro exame.

Na sexta-feira (10), o ministro já havia afirmado que o paciente não apresentava febre ou outros sintomas típicos da doença e que o quadro dele era estável. Assim que receber alta, Bah poderá retornar para o Paraná em um avião de carreira, e aguardar o resultado do seu pedido de refúgio.

AJUDA

Segundo o ministro Arthur Chioro (Saúde), o Brasil vai ampliar a ajuda humanitária a Guiné, Serra Leoa e Libéria, com a oferta de mais dez kits para o atendimento às vítimas --suficientes, cada um, para cuidar de 500 pacientes por três meses-- e cerca de R$ 13,5 milhões em arroz beneficiado e feijão. Uma nova ajuda em dinheiro deve ser anunciada na próxima semana, para se somar a US$ 500 mil já doados.

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