Salão de Buenos Aires: Uma reprise 'editada' de São Paulo

Marcelo Ramos
miramos@hojeemdia.com.br
09/06/2017 às 20:15.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:00
 (GM)

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Salões automotivos se tornaram populares mundo afora, muito em função da dicotomia entre o modelo global de mercado e as peculiaridades regionais. Daí a explicação para duas mostras tão parecidas, próximas territorial e cronologicamente como as bienais de São Paulo e Buenos Aires. A mostra paulista é a mais importante da América do Sul e já foi palco de apresentações globais como o natimorto Volkswagen Taigun, em 2012, mas Buenos Aires é uma Reprise encurtada do salão brasileiro.

Mas há uma razão: a Argentina é o segundo mercado de automóveis da América do Sul. No ano passado, foram emplacadas 683 mil unidades, contra 302 mil do Chile, terceiro maior vendedor de carros do continente. Claro que nossos hermanos vendem bem menos que o Brasil, que apesar de ter anotado um dos piores resultados dos últimos 10 anos mesmo assim beirou 2 milhões de unidades em 2016. Daí ser o segundo mercado é mais que suficiente para justificar a promoção de um salão para aguçar o desejo de compra do consumidor. 

Novidades
A mostra portenha é diferente da paulista. Lá há espaço para outros modais, como caminhões e motocicletas, produtos locais, assim como modelos que foram exibidos em São Paulo ano passado. Mas também há espaço para lançamentos que serão oferecidos por aqui. 

Este ano há pelo menos cinco apresentações que virão para cá. Entre elas estão o Chevrolet Equinox, que chega para disputar terreno no segmento de utilitários-esportivos (SUV’s) de médio porte. Apesar de grandalhão, o modelo será oferecido com motor turbo 2.0 de 265 cv. 

Outra novidade de Buenos Aires é o Ford EcoSport reestilizado. O jipinho que já foi mostrado no ano passado no Salão de Los Angeles teve a seção frontal redesenhada, com faróis e grades que se assemelham à nova geração Ford Edge. No entanto, ao contrário da versão norte-americana, que aboliu o estepe traseiro, a versão latina ainda contará com pneu sobressalente dependurado na tampa do porta-malas. Por outro lado estreará o novo motor três cilindros 1.5.

Ainda interessa ao consumidor brasileiro a segunda geração do Volkswagen Tiguan, que também será vendida por aqui, inclusive na versão de sete lugares. Já Renault e Mercedes-Benz levaram as picapes Alaskan e Classe X, que serão produzidas na futura fábrica da Nissan, de onde também sairá a Frontier.

A marca francesa ainda aproveitou para dar início à pré-venda do Kwid, que terá versões de R$ 30 mil, R$ 35 mil e R$ 40 mil.

Promessas
Já no campo das promessas, a Honda expôs o furiosos Civic Type R e não descarta a vinda do esportivo, assim como a versão S da nova geração. O esportivo dividiu as atenções do Golf R, que não virá para o Brasil. Para finalizar a banca de apostas, a Toyota mudou o discurso sobre o SUV compacto C-HR. Até pouco tempo sua vinda era negada, mas o tom da conversa já sugere que ele chegue até 2019.

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