Servidores da educação, saúde e transporte confirmam adesão à greve em BH

Paula Coura
pcoura@hojeemdia.com.br
24/04/2017 às 18:44.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:16

Servidores dos setores de transporte coletivo, escolas públicas, unidades de saúde, Correios e bancos prometem paralisar as atividades em Belo Horizonte na próxima sexta-feira. A Polícia Civil deve funcionar em escala mínima, com 30%, conforme sindicato da categoria. 

A mobilização, que já ganha as redes sociais, tem como tema central o combate às reformas do governo de Michel Temer (Trabalhista e da Previdência). Os manifestantes também prometem coro contra a Lei da Terceirização. 
A greve é nacional. Segundo estimativas das associações trabalhistas, a paralisação deverá ser a maior do país dos últimos 30 anos.

De acordo com a Central Única dos Trabalhadores (CUT-MG), os sindicatos que representam os rodoviários, servidores da área da saúde, policiais civis, bancários e professores das redes estadual e municipal da capital e Região Metropolitana já indicaram que vão cruzar os braços nesta sexta-feira. 
Segundo a assessoria de imprensa do Sindicato dos Metroviários (Sindimetro), uma assembleia será realizada hoje para definir se os trabalhadores do setor irão aderir à greve. A indicação da diretoria é pela adesão. 
“A nossa expectativa é que cada trabalhador pare suas atividades na sexta”, afirmou Beatriz Cerqueira, presidente da CUT-MG e coordenadora geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação em Minas Gerais (Sind-UTE). 

O Sindicato Nacional dos Aeronautas também pretende cruzar os braços. Entidade engloba pilotos e comissários


Saúde

De acordo com Israel Arimar, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), cerca de 50 mil trabalhadores da capital devem paralisar as atividades. Os postos de saúde devem fechar as portas e as UPAs e o Hospital Odilon Behrens devem funcionar com 30% da capacidade. “Mas, pode ser que mais trabalhadores queiram aderir à greve e pode ser que algumas unidades de saúde funcionem com menos de 30% dos funcionários previstos por lei”, explica. 

Dentre as principais reivindicações, estão a retirada de pauta da reforma da Previdência, a revogação da Lei da Terceirização e mudanças no texto da reforma Trabalhista. “Temos que reverter o que já foi sancionado e a paralisação é para mostrar que estamos indignados com as mudanças propostas pelo governo”, explicou Eliana Brasil, presidente do Sindicato dos Bancários de BH e Região Metropolitana.

Sindicatos convocam protesto para Praça Sete

Além da greve geral, centrais sindicais preparam um ato na Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte. 
Como há possibilidade de paralisação de todo o transporte público na capital mineira durante o dia 28, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel) pediu aos servidores que deem carona aos manifestantes. O protesto está marcado para começar às 9h. 

“É uma maneira de todos participarem do ato. Também já conseguimos quatro ônibus particulares para levar as pessoas e esperamos ter mais outros veículos”, complementa Israel Arimar, presidente do Sindibel.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários de BH e Região Metropolitana (STRBH), Ronaldo Batista de Morais, um comunicado será enviado hoje já informando sobre a paralisação da categoria. 

“A Justiça irá determinar se teremos que funcionar com escala mínima de 30% ou não. Mas nosso posicionamento é pela paralisação geral”, explica. 

Já a Câmara de Dirigentes e Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) ainda estuda quais orientações serão repassadas aos comerciantes da capital. 

De acordo com a assessoria de imprensa da entidade, ao longo da semana, será emitido um posicionamento oficial em relação a abertura ou não das lojas, em virtude da possível paralisação geral de alguns serviços essenciais, como o transporte público e os postos de saúde. 

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