Servidores da MGS tentam acordo com novo governo nesta sexta-feira

Lucas Simões
03/01/2019 às 19:48.
Atualizado em 05/09/2021 às 15:52
 (Divulgação)

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O governo de Minas irá se reunir pela primeira vez, hoje, com representantes dos funcionários da empresa Minas Gerais Administração e Serviços (MGS) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) para tratar da privatização dos serviços prestados na Unidade de Atendimento Integrado (Uai) da Praça 7. O objetivo dos servidores da MGS é negociar a realocação de 453 funcionários que trabalham na Uai e que correm o risco de perder o emprego com o processo de privatização.

A reunião acontece às 15h, na sede do MPT. Será a primeira a ter a participação de um representante da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag). 
No ano passado, não houve acordo entre a gestão do então governador Fernando Pimentel (PT) e os funcionários da MGS que trabalham no local. O antigo secretário de Planejamento, Hélvecio Magalhães, foi procurado ontem, mas não deu retorno até o fechamento desta edição.

“Nós tivemos a confirmação de que o novo governo irá enviar um representante, pelo menos. Isso já é um passo, porque ano passado não conseguimos diálogo e, em tese, o processo de privatização já está acontecendo. Mas vamos exigir a realocação dos nossos funcionários”, diz Renato Amaral, assessor sindical da Associação da Minas Gerais Serviços (ASSEMGS).

Pela previsão da Parceria Público-Privada, o consórcio Praça Sete Central de Atendimento ao Cidadão S/A assumiria a administração da Uai da Praça 7 a partir de 2 de janeiro deste ano. O novo governo não informou se o processo foi concluído.

Desde 2015, a MGS passa por um conturbado processo de privatização, tendo entregue à iniciativa privada a gestão dos Postos Uai de Venda Nova e do Barreiro, ainda em 2016. O processo de privatização da MGS chegou a ser suspenso, mas foi retomado em setembro do ano passado, na gestão Pimentel.

Durante as negociações entre governo e funcionários da MGS, a procuradora Adriana Augusta de Moura Souza, da Procuradoria Regional do Trabalho da 3ª Região, recomendou que o governador Romeu Zema (Novo) adie por pelo menos 60 dias os trâmites de privatização da Uai da Praça 7.Procurado, o governo não se manifestou sobre a orientação do MPT.

A Uai da Praça 7 sedia uma agência do Sistema Nacional de Emprego (Sine) e atende cerca de 7 mil pessoas diariamente — todos os funcionários são contratados pela MGS. 

Parte deles esteve ontem na Cidade Administrativa cobrando um posicionamento do novo governo sobre o processo de privatização.

 

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