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Sevilha é um destino que combina o antigo e a modernidade, uma cidade que traz heranças islâmica e cristã, onde o barroco e gótico convivem com a vanguarda da arquitetura. As bodeguitas Casablanca e Romero, o Bar Estrella, as casas Matias, Morales e Trifónos, além do Mercado de La Macanera, são apenas cinco endereços gastronômicos imperdíveis, inomináveis e autênticos. Verdadeiros templos de um lugar em que o louvor religioso e o hedonismo ateu inspiram os homens desde os tempos das termas romanas, onde os sevilhanos erguem taças atrás de taças sem, é claro, perderem a compostura e a erudição esbarra na intempestividade de um povo taurino. Nas ruas de Sevilha, um simples passeio se converte em uma jornada épica, começando pela Catedral (de Santa María de la Sede) da cidade, a terceira maior do mundo, que data do ano de 1401. Ao seu redor, ficam os monumentos mais importantes deste Patrimônio da Humanidade: a Giralda, uma torre com 25 sinos renascentistas que sucedeu o antigo minarete do templo muçulmano, o Arquivo das Índias e os Reales Alcázares. “Loucos” Reza a lenda que, na hora de projetar a Catedral de Sevilha, a ordem eclesiástica foi de fazer uma obra tão grande que, “quando a virem, vão nos considerar loucos”. Do alto de seus 93 metros é possível ver toda a cidade até o deserto andaluz. Em Sevilha, também fica o Museo del Baile Flamenco, primeiro do mundo dedicado à música e à dança andaluz. A construção que abriga o museu é uma ode à arquitetura e, também, a uma das mais antigas e importantes tradições dos sevilhanos, fruto da insistência da bailarina Cristina Hoyos em devolver a alma flamenca à cidade. Como o leitor deve saber, a técnica desta dança é como a poesia e não existem escolas capazes de ensinar aquilo que, em última instância, é uma aptidão natural, algo que poucas pessoas trazem na alma.