
Belo Horizonte deve perder, até agosto, cerca de 1,2 mil estabelecimentos de gastronomia e hotelaria. De acordo com o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Capital e Região Metropolitana (Sindihorb), Paulo César Pedrosa, os empresários estão sucumbindo à quarentena na cidade, imposta em 20 de março.

Atualmente, em Belo Horizonte, bares e restaurantes só podem funcionar no sistema de delivery e retirada na porta. Consumo no local está proibido
Apesar de acreditar que a flexibilização comece já na próxima semana, depois de participar de reuniões inclusive com o prefeito Alexandre Kalil, Pedrosa não concorda que o setor só seja autorizado reabrir as portas na fase 2 do plano de retomada apresentado pela administração municipal nesta sexta-feira (31).
Quando isso irá ocorrer, porém, é uma incógnita. O sinal verde só será dado quando a taxa de ocupação das UTIs por pessoas infectadas com o novo coronavírus ficar abaixo de 70%. Atualmente, o índice está em 91%, conforme a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA).
“Vamos continuar insistindo na retomada de bares e restaurantes já na primeira etapa. Comércio, bares e restaurantes trabalham juntos. Não podemos ficar trabalhando sem a presença do comércio, porque o público é muito menor”, frisou o presidente do Sindihorb.
Ao contrário da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), que anunciou uma ação judicial contra a PBH, Paulo Pedrosa afirma que vai buscar o diálogo com as autoridades. “Não vou entrar na Justiça para perder. Nosso objetivo não é o enfrentamento. Qual desembargador vai confirmar sentença de primeira grau que favoreça comércio, bares e restaurantes nesse momento?”, questionou.
Hotelaria
A crise causada pela pandemia de Covid-19 também afeta a hotelaria. Segundo Pedrosa, metade das unidades instaladas na capital estão abertas.
Mas a falta de hóspedes, causada pela suspensão dos eventos e das atividades comerciais na cidade, pode levar ao fechamento de dez hospedagens até o próximo mês.