Sistema Cantareira, em São Paulo, corre risco de secar, mostra estudo

Ricardo Brandt
09/02/2014 às 09:15.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:54
 (Divulgação/Sabesp)

(Divulgação/Sabesp)

O aumento do volume máximo de água produzido pelo Sistema Cantareira - que abastece 47% da Grande São Paulo -, a partir de 2004, agravou a situação de esvaziamento de represas, até chegar a um atípico verão sem chuva. Criados em 1974, os reservatórios do Cantareira chegaram ao pior nível (20,3% da capacidade) neste mês.

Um estudo feito pelo especialista em hidrologia Antônio Carlos Zuffo, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), indica que o aumento de produção do sistema desconsiderou períodos históricos de pouca chuva. O Cantareira começou a ser construído com base em um período de poucas precipitações - que durou de 1935 a 1969.

Nas duas décadas seguintes, no entanto, o volume de precipitações aumentou e a vazão subiu até 30%. "Com base nesse período de mais chuva, quando foi renovada a outorga, em 2004, elevou-se a capacidade de produção do Cantareira, porque viram que ele chegou a fornecer até 7 mil litros de água por segundo a mais."

Oficialmente, a partir de 2004 a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que opera o sistema, recebeu da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) autorização para aumentar o volume de produção de 33 mil litros de água por segundo para 36 mil litros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
http://www.estadao.com.br

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