Sobe para 12 número de mortos em naufrágio no Macapá durante procissão

Alcinéa Cavalcante
12/10/2013 às 18:57.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:17

O Corpo de Bombeiros de Macapá (AP) divulgou, há pouco, que 12 corpos foram resgatados da embarcação que naufragou na manhã deste sábado, durante Círio Fluvial em homenagem à Virgem de Nazaré. De acordo os bombeiros, além das 12 mortes confirmadas, seis pessoas continuam desaparecidas. São três crianças e três mulheres.

O prefeito de Macapá, Clécio Luís (PSOL) decretou luto oficial de três dias na cidade.
Em respeito a dor das pessoas que perderam parentes no naufrágio, a Diocese de Macapá também está orientando os fiéis a não soltarem fogos nas procissões de trasladação da imagem da Virgem de Nazaré - que acontece à noite - nem na procissão do Círio marcada para este domingo.

A embarcação de pequeno porte, alugada para o Sindicato dos Servidores Públicos, naufragou quando retornava para Santana. O Círio Fluvial, com 50 embarcações, em homenagem à Virgem de Nazaré, padroeira da Amazônia, sai do município de Santana, a 24 km da capital, tendo como ponto de chegada Macapá.

Causas

A procissão fluvial partiu de Santana por volta das 7h30 deste sábado, chegando em Macapá por volta das 11 horas. De acordo com sobreviventes, o barco bateu num barranco e virou. "Foi questão de segundos", disse um sobrevivente. Segundo ele, mais de cem pessoas estavam na embarcação, a maioria na parte de cima - o que teria deixado o barco sem lastro. Não se sabe ainda o número de desaparecidos. O Corpo de Bombeiros está fazendo buscas próximo ao local do naufrágio.

Orlando Silva, que estava na embarcação, disse que foi tudo muito rápido. O barco virou em questão de segundos. Ele conta que ainda conseguiu ajudar a salvar pessoas.

Alguns sobreviventes dizem que o barco estava superlotado, enquanto outros afirmam que a embarcação bateu em algo, provavelmente em um tronco de árvore, e virou. No Pronto Socorro, é grande a movimentação de pessoas em busca de notícias de parentes que estavam a bordo.

No entanto, em entrevista ao Broadcast Carlos Neves, capitão dos Portos no Amapá, disse não havia indício de superlotação e que foi feita uma vistoria dos barcos na saída para a procissão. Segundo ele, a embarcação que naufragou transportava apenas 40 pessoas, número de sua capacidade máxima, na ida para Macapá e havia colete para todos. "Não sabemos como o acidente aconteceu, vamos ter que apurar", afirmou o capitão.
 
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