Sinal vermelho para o excesso de suor. Quando a transpiração exagerada começa a incomodar e ter reflexos na vida social do indivíduo, o problema pode ser maior do que um simples constrangimento. Mãos e pés sempre úmidos – ou até encharcados – e manchas escuras nas roupas com frequência aumentada podem ser sintomas da hiperidrose.

A doença, que atinge cerca de 3% da população brasileira, pode ter consequências fisiológicas, facilmente notadas no dia a dia, e provocar ainda desidratações e até infecções de pele.

O dermatologista Cristiano Velasco, diretor do Departamento de Laser do Hospital Daher Lago Sul, em Brasília, explica que a hiperidrose nada mais é do que a produção exagerada de suor em determinadas áreas do corpo, podendo ser primária, quando surge na adolescência, ou hereditária.

“Esta última forma pode ser influenciada ainda por distúrbios da glândula tireoide ou da hipófise, pelo diabetes ou pelo uso de certos medicamento. Cada caso, no entanto, deve ser avaliado com base no histórico do paciente.

O jornalista Ricardo Morgan, de 30 anos, por exemplo, conta que, desde criança, sempre transpirou muito. Há dois anos, faz uso de um desodorante à base de hidróxido de alumínio. Os incômodos foram reduzidos em até 80%. “A indicação foi de um médico, que optou pela medicação tópica em vez da intervenção cirúrgica. O resultado é bastante satisfatório”, afirma.

A assistente de auditoria Angélica Alves de Almeida Miguez, de 29 anos, sofreu por mais de 20 com o problema. “Na escola, quando era criança, já fui suspensa porque borrei a prova toda. Realmente é muito difícil lidar com isso”.

Angélica fez uma correção cirúrgica nas mãos em 2008. Em 2010, corrigiu também o problema nos pés.

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