Supermercados mineiros parcelam venda de ovos e diversificam itens

Lucas Borges
lborges@hojeemdia.com.br
09/03/2018 às 18:27.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:47
 (Maurício Vieira)

(Maurício Vieira)

A Páscoa deve ser mais gorda neste ano. A expectativa da Associação Mineira de Supermercados (Amis) é a de que a data tenha crescimento de 5% nas vendas em relação a 2017. Pensando em atrair o consumidor, grandes redes de supermercados presentes em Belo Horizonte apostam em diferentes incentivos.

O principal deles, adotado pelo grupo Extra Supermercados e pelo Carrefour, é a opção de o cliente parcelar as compras dos itens da Páscoa em até 10 vezes sem juros. Entretanto, o benefício é disponível apenas para consumidores que possuem os cartões de crédito dos respectivos hipermercados.

Para não abdicar dos demais clientes que não possuem o cartão da loja, o Carrefour afirmou, por meio de nota, que oferece, até 1º de abril, ofertas dinâmicas dos itens mais consumidos nessa época do ano.

Já outras redes com grande presença na capital, como Super Nosso, Verdemar e Decisão Atacarejo, apostam na variedade dos produtos para atrair a clientela.

Cestas com itens típicos de Páscoa, ovos estilizados e chocolates de diferentes marcas e sabores estão entre os principais trunfos dos comerciantes. A estimativa de crescimento nas vendas desse ano é impulsionada não apenas pelos tradicionais ovos, mas também por diversos itens, como bombons, barras de chocolates e os pescados.

Para se ter uma ideia da relevância desses artigos para o faturamento na Páscoa, o Extra acredita que os tabletes de chocolates e os itens de bonbonnière tenham aumento de 30% nas vendas, superando a expansão de 15% esperada pelos ovos.

Outro artigo que gera expectativa positiva na rede são os pescados, cujo crescimento é estimado em 10%, em relação a 2017.
A Amis também prevê incremento de 6% nas vendas dos pescados nos supermercados mineiros.

Para Antônio Claret Nametala, superintendente da Amis, a procura por guloseimas alternativas aos produtos tradicionais, como ovos, se dá por uma mudança de perfil dos clientes. “O consumidor tem apostado em produtos mais em conta. Não deixa de presentear, como aconteceu no auge da crise, mas busca outros itens, como barras de chocolates e bombons. Assim, a indústria teve que se adaptar”, diz.

Sobre a expectativa de crescimento nas vendas ante a Páscoa de 2017, Claret acredita que a melhora na situação econômica do país é fator preponderante para incentivar as compras.

“Estamos sentindo o ambiente mais favorável para o comércio. A queda dos juros e a estabilidade influenciam a recuperação da confiança e do mercado”, afirma.

Os preços dos ovos de Páscoa estão, em média, 3% mais caros. A Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados diz que o reajuste é baseado no IPCA, que fechou 2017 em 2,95%
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