Tarcísio Delgado questiona sinceridade de seus adversários

Patrícia Scofield - Hoje em Dia
03/09/2014 às 07:45.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:03
 (Lucas Prates - Hoje em Dia)

(Lucas Prates - Hoje em Dia)

O candidato ao governo de Minas pelo PSB, Tarcísio Delgado, da coligação “Minas quer Mudança”, disse nessa terça-feira (02) que talvez seus adversários na corrida pelo Palácio Tiradentes, Pimenta da Veiga (PSDB) e Fernando Pimentel (PSB), sejam “mentirosos”. “Eles trocam ataques, dizem que um mentiu e eu acho que os dois têm razão. Eles são mentirosos”, afirmou, em agenda na Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg), em referência às propostas apresentadas por seus concorrentes, especialmente em relação à área econômica.

Para Tarcísio, não há “fórmula mágica” para governar, como, ainda de acordo com o socialista, tem sido apresentado pelos nomes do PT e do PSDB. “Eles falam que vão fazer, e não vão. Eu prefiro não falar e tentar cumprir depois”.

O candidato destacou que, quando prefeito de Juiz de Fora, na Zona da Mata, conseguiu reduzis os gastos públicos, instalar energia elétrica na zona rural, pagar acima do piso para os professores, além de criar 85% das escolas no município.

‘NOME LIMPO’

O ex-deputado federal disse, no encontro com o setor agropecuário, que “andaram pesquisando, mas não encontraram nada contra ele”. O socialista se intitula “ficha limpa” e chamou de “meio doido” um promotor de Santos Dumont, na Zona da Mata, que apresentou denúncia de improbidade administrativa contra ele.

TELEFONIA

Questionado sobre as propostas para ampliar o acesso à telefonia e à internet em áreas rurais do Estado, Tarcísio disparou: “Sou obrigado a dar mais um exemplo nosso, do que fizemos em Juiz de Fora. Se fizemos, eu tenho que falar”. O candidato, no entanto, não detalhou a proposta, limitando-se a dizer que “eletrificou” a área rural de Juiz de Fora e de Rio Preto, na Zona da Mata.

‘Falta apoio financeiro’

O candidato ao governo de Minas pelo PSB, Tarcísio Delgado, lamentou, nessa terça, a falta de apoio financeiro do comando nacional de seu partido. Ele disse que antes da morte de Eduardo Campos (PSB) , em 13 de agosto passado, o presidente do PSB mineiro, deputado federal Júlio Delgado (PSB), já havia acertado com Campos um aporte para a campanha estadual. “O diretório nacional até agora ajudou com alguma coisa, mas muito menos do que poderia”. Não foram informados valores.

Segundo Tarcísio, outra dificuldade de sua candidatura é o “curto tempo” para fazer seu nome ficar conhecido nos rincões do Estado. “O meu problema até agora não é porque Marina apoiou ou não apoiou a mim, se veio ou não veio a Minas, porque ela pode apoiar mais a partir de agora, mas tive dificuldade de fazer campanha”.

‘Sou flexível sobre o tema sustentabilidade’

Cabo eleitoral da presidenciável Marina Silva (PSB), ex-ministra do Meio Ambiente e defensora da sustentabilidade, Tarcísio Delgado (PSB) admitiu, nessa terça, ser flexível em relação ao tema. “Sou pelo desenvolvimento sustentável. Não apoiaria um projeto agropecuário ou econômico que não fosse sustentável, mas não sou xiita. Se tem lugar para preservar e se tem lugar para a produção, temos que desenvolver”, disse, a uma plateia de representantes do setor agropecuário do Estado. “Se ficarmos em uma posição xiita, vai parar o crescimento de Minas”, acrescentou.

Segundo o socialista, é necessário adaptar os interesses de produtores rurais e ambientalistas sem prejudicar os dois lados. “Em um Estado grande como o nosso, em um país continental como o Brasil, é insanidade ficar brigando pelo espaço. Tem que ter lugar para unidade de conservação e para produção agropecuária”.

Em resposta a uma pergunta de representantes da Faemg sobre propostas para o agronegócio, Tarcísio prometeu investir em pesquisa e priorizar obras em rodovias estaduais que atendem o escoamento da produção. “Quero fazer parceria de verdade e não as parcerias do faz de conta. Os governadores de Minas hoje tem tido menor força em relação à União do que no passado. Me dá até vergonha”, disse.

Ainda segundo Tarcísio, as estradas ou vias mau conservadas representam 15% de perda da produção agrícola. “Se não tiver dinheiro para fazer todas as estradas que precisam sair do papel, que as essenciais para o escoamento sejam feitas primeiro. Sempre é possível conseguir fazer melhor, inclusive com pesquisas”.
 

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