Terceira membrana de contenção de rejeitos no Paraopeba começa a ser instalada nesta segunda

Da Redação*
04/02/2019 às 13:27.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:23
 (Divulgação/Vale)

(Divulgação/Vale)

A Vale anunciou, nesta segunda-feira (4), o início das operações de duas membranas de contenção de rejeitos no rio Paraopeba e a instalação de um terceira, com início dos trabalhos previsto para a tarde do mesmo dia, dependendo das condições meteorológicas.

Os mecanismos estão sendo instalados para proteger o sistema de captação de água de Pará de Minas, cidade na região Central de Minas Gerais que vinha sendo abastecida com recursos captados do Rio Paraopeba.

Duas das três membranas já estão em funcionamento. A primeira barreira foi colocada no sábado (2) e a segunda no domingo (3). "A terceira estrutura deve ser instalada hoje, mas isso depende das condições meteorológicas. O local vem, desde ontem (domingo), sofrendo com muita chuva e ventos fortes", informou a mineradora

Segundo as equipes de campo da Vale, as barreiras já instaladas estão se comportando bem, apesar do mau tempo. Pará de Minas fica a cerca de 40 quilômetros de Brumadinho. A empresa ressalta que a colocação das membranas de proteção é uma medida preventiva, de modo a garantir que o abastecimento de água do município seja contínuo.

Conforme a mineradora, a iniciativa faz parte do plano apresentado no último dia 30 de janeiro pela empresa ao Ministério Público e aos órgãos ambientais, com atuação em três trechos, onde serão realizadas diferentes medidas de contenção e recuperação. A captação de água de Pará de Minas está no terceiro trecho, entre Juatuba e a Usina de Retiro Baixo, razão pela qual foi instalada no trecho a membrana de contenção, que tem o potencial de reter os sedimentos ultrafinos. Segundo os técnicos, serão realizadas diferentes ações conforme as características do curso d'água e o do material presente no rio, que reforçará a proteção do sistema de captação.

A Vale explica que a barreira de contenção instalada tem 30 metros de comprimento e profundidade de dois a três metros. A estrutura funciona como um tecido filtrante, evitando a dispersão das partículas sólidas (argila, silte, matéria orgânica etc), que provocam a turbidez da água e altera sua transparência.

Para manter a verticalidade das cortinas antiturbidez, há correntes metálicas na borda inferior (na parte imersa), onde são acoplados pesos, não permitindo que o fluxo do rio faça a cortina subir até a superfície da água. Já o elemento flutuante utilizado é uma boia cilíndrica, que pode ser utilizada para conter o avanço de elementos suspensos na água. Confira como funciona o sistema no esquema abaixo:Divulgação/Vale / N/A

Membranas estão sendo instaladas para proteger sistema de captação de água em Pará de Minas

*Com Estadão Conteúdo 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por