Teste: Cruze Black Bow Tie e sua banca de carro oficial

Marcelo Ramos
24/01/2019 às 21:49.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:12
 (Marcelo Ramos)

(Marcelo Ramos)

A estreia da atual geração do Cruze em 2016 fez muito bem ao sedã norte-americano. Mais potente, eficiente e melhor equipado, ele se posiciona como uma as melhores opções do mercado. No entanto, o refinamento fez desse Chevrolet um carro caro, que beira os R$ 100 mil, na versão de entrada. 

Mas o modelo da GM não está sozinho nessa escalada de preços. Concorrentes como Corolla e Civic também encareceram de forma espantosa e a nova geração do Jetta não fica para trás. 

E para tentar fisgar o consumidor, a Chevrolet apelou para o lado emocional com a versão Black Bow Tie, com acabamento monocromático, seguindo os passos da série Midnight oferecida para S10 e Tracker. Não há como discutir que o traje de gala caiu bem no sedã. 

A pintura preta, que inclui a gravatinha e até mesmo o logotipo, tal como a eliminação de alguns cromados e as rodas grafite valorizam a aparência do modelo, é oferecido por R$ 99.790. Exatos R$ 2 mil a mais que a versão LT.

Por outro lado, o Cruze Black Bow Tie acaba se tornando uma opção acessível quando comparado aos concorrentes, que já extrapolaram a linha dos R$ 100 mil. As poucas opções que se mantêm com pacote de conteúdo farto abaixo do Chevrolet são Focus Titanium Pluse, o quase finado Peugeot 408 Griffe, que ainda continua no catálogo no site da marca. No entanto, vale lembrar que o modelo da Ford, apesar de ser um dos mais potentes da categoria, padece pelo elevado consumo de seu motor 2.0.

Reestilização
Um senão para quem estiver de olho no Cruze é o fato de que ele está prestes a passar por uma reesti-lização. Será sua primeira mudança visual desde o lançamento. 

O modelo receberá novos para-choques e retoques nos faróis e lanternas. No entanto, a principal novidade será a nova central com conexão 4G integrada e que a marca garante que chegará aqui.

Por outro lado, a modificação também pode ser uma boa oportunidade para levar a versão atual com algum desconto.

Raio-x Chevrolet Cruze Black Bow Tie 1.4

O que é?
Hatch médio, quatro portas e cinco lugares.

Onde é feito?
Fabricado na unidade da General Motors, em Rosário (Argentina).

Quanto custa?
R$ 99.790 

Com quem concorre?
Os concorrentes do Cruze, na versão Black Bow Tie, são sedãs médios na faixa dos R$ 100 mil. Entre eles estão Citroën C4 Lounge Shine 1.6 (R$103.990), Ford Focus Fastaback Titanium Plus 2.0 (R$ 96.990), Honda Civic EX 2.0 (R$ 102.400), Nissan Sentra SV (R$ 106.990) Peugeot 408 Griffe 1.6 (R$ 89.990), Toyota Corolla XEi 2.0 (R$ 105.990) e Volkswagen Jetta 250 TSI 1.4 (R$ 99.990).

No dia a dia
O Cruze é um sedã que oferece elevado padrão de conforto e comodidade. A versão Black Bow Tie, apesar de ter como base a opção de entrada, tem um pacote de conteúdo que não deixa a desejar, com direito a central multimídia com conexão para smartphone nos padrões Apple CarPlay e Android Auto, além de câmera de ré. Ele ainda conta com assistente remoto OnStar e ar-condicionado eletrônico, de apenas uma zona. 

Por outro lado, abre mão de itens como acendimento automático dos faróis, sensor de chuva e assistentes importantes, como detector de faixa de rodagem ativo (que mantém a direção dentro da faixa) e alerta de colisão.

O acabamento é valorizado pelos bancos revestidos em couro e também pelos apliques do material no painel e nos forros de porta. Tudo isso valoriza a percepção a bordo do sedã. 

O espaço interno é excelente e acomoda quatro passageiros com muito conforto. Quatro adultos e uma criança viajam bem acomodados. O porta-malas é generoso e parece ter bem mais 440 litros de volume.

Motor e transmissão
A unidade 1.4 turbo de 153 cv e 24,9 mkgf é um dos melhores motores que a GM já ofereceu no mercado brasileiro. O propulsor oferece força em qualquer regime e o casamento com a caixa automática de seis marchas sempre busca a faixa de giro mais eficiente. 

Como bebe?
Abastecido com álcool, a unidade testada registrou média de 10,9 km/l no combinado entre trajeto urbano e rodoviário.

Suspensão e freios
Um dos poucos pecados do Cruze é a ausência de um conjunto de suspensão independente nas quatro rodas, o que o tornaria bem mais estável nas curvas.

Mesmo assim o conjunto tem acerto voltado para o conforto e não para a performance, absorvendo bem as irregularidades do piso. Os freios contam com discos nas quatro rodas, assistente de partida em rampa “Hill Hold”, além do auxílio dos controles de tração e estabilidade (ESP).

Pontos positivos
Consumo
Desempenho
Acabamento

Ponto negativo
Preço

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