Teste: Fiat Strada Freedom 1.3, a cabine dupla (quase) topo de linha

Marcelo Jabulas
@mjabulas
19/12/2020 às 09:35.
Atualizado em 27/10/2021 às 05:21
 (Marcelo Jabulas)

(Marcelo Jabulas)

Já cansei de escrever nesse espaço que a Strada é quem carrega a Fiat na caçamba. Desde a aposentadoria do Palio, a picape se tornou o principal produto da marca italiana. E a segunda geração chegou para dar continuidade a esse trabalho.

Para se ter uma ideia, a Strada é o quarto modelo mais vendido em 2020, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). De janeiro a novembro, caminhonete compacta emplacou 69.653 unidades, ficando atrás somente de Onix, HB20 e Onix Plus. O Fiat com melhor desempenho depois dela é o Argo (57.526) e a Toro (46.991), 

E leitor que acompanha o HD Auto já sabe que já testamos nada menos que três versões da nova geração picape. Agora chegou a vez de avaliar a Freedom 1.3 Cabine Dupla e fechar o pacote. 

Essa versão se posiciona como a segunda opção mais qualificada da picapinha de Betim. Ela fica abaixo apenas da Volcano. O que difere as versões são basicamente o acabamento como santo-antônio integrado com rack de teto, DRL em LED e firulas visuais. 

Além disso a versão também remove o multimídia Uconnect, que é oferecido como item opcional, assim como câmera de ré, sensor de estacionamento, par extra de tweeters e volante multifuncional. Tudo isso é oferecido num pacote que acresce R$ 3 mil aos R$ 80.290 cobrados pela versão. 

Ou seja, ela quase esbarra nos R$ 84 mil da versão topo de linha, que já vem com o pacote completo e só permite trocar as rodas aro 15 por um jogo aro 16. 

Tecnicamente, não há diferenças entre as versões. As duas são equipadas com o mesmo motor 1.3 de 109 cv e 14,2 mkgf de torque, que garante comportamento esperto e eficiente. O lance é que é um carro mais careta, com visual mais convencional. Mas o lance desse carro é justamente se apresentar como opção para o consumidor que está com o dinheiro contado, mas faz questão de levar a carroceria cabine dupla combinada com o motor FireFly, mas não pode pagar a mais pela decoração e conteúdos da Volcano. 

Raio-x Fiat Strada Freedom 1.3 CD

O que é?
Picape leve, cabine dupla, quatro portas e cinco lugares

Onde é feita?
Fabricada na unidade da FCA, em Betim (MG)

Quanto custa?
R$ 80.290
R$ 85.580

Com quem concorre?
A Strada cabine dupla concorre com VW Saveiro cabine dupla e com a Renault Duster Oroch.

No dia a dia?
A Strada Freedom Cabine Dupla é a opção para o consumidor que busca combinar a cabine dupla com motor Fireflye, mas não pode pagar a mais pela Volcano. A versão intermediária conta com visual mais comedido que a topo de linha. No entanto é equipada com rodas de liga leve, mas abre mão dos faróis com DRL em LED e o rack integrado ao santo-antônio. 

Por dentro, a versão segue o padrão das demais com revestimento de portas e painéis é em plástico duro. O quadro de instrumentos de Mobi pode reforçar a ideia de simplicidade, mas o carro é bem recheado. 

De série, conta com direção elétrica, ar-condicionado, vidros elétricos nas quatro portas e computador de bordo em TFT. Seu pacote de opcionais custa R$ 3 mil e adiciona multimídia Uconnect (com conexão sem fio para Apple CarPlay e Android Auto, além de câmera de ré), sensor de estacionamento e um par de tweeters.

No uso cotidiano ela se comporta como um carro de passeio, mas com a vantagem de ter uma caçamba para transportar volumes que não cabem no porta-malas. O nível de conforto da picape agrada e se o amigo não olhar para a caçamba no retrovisor não se lembra de que é uma caminhonete. 

Quem viaja atrás tem a mesma comodidade de um compacto, apesar de o encosto do banco ter ângulo mais fechado que de um hatch ou sedã. Mas é mais confortável que na geração passada. A posição de dirigir é elevada e garante boa visibilidade. No entanto, a traseira ficou muito alta (para elevar o volume de carga). A câmera de ré é fundamental. 

Motor e câmbio
A Volcano é equipada com motor 1.3 Firefly de 109 cv e 14,2 mkgf de torque. A unidade oferece comportamento mais esperto que a unidade 1.4, mas não tem o mesmo vigor do antigo 1.8 Etorq. Por outro lado, tem consumo bem mais comedido. Além disso, esse motor tem boa entrega de força em baixa rotação, o que contribui para eficiência e boa dirigibilidade quando a caçamba estiver carregada. 

Já a transmissão manual de cinco marchas é padrão em toda gama, com os mesmos engates imprecisos de sempre. 

Consumo
Abastecida com álcool, registrou consumo combinado (rodoviário e urbano) na casa dos 10,5 km/l.

Suspensão e freios
A Strada não se tornou líder de vendas por ser macia. Na verdade é líder porque tem, literalmente, suspensão de caminhão. O conjunto traseiro com feixe de molas e eixo rígido segue lá como na geração passada e na Fiorino Pick-Up. Mas ela conta com batentes graúdos que ajudam a absorver os impactos quando os amortecedores chegam ao final do curso. Na frente, o trivial McPherson.

Os freios são a disco na frente, e tambor, na traseira. Ela ainda conta com controles de estabilidade e tração, além de assistente de partida em rampa (Hill Holder). E bloqueio de diferencial eletrônico.

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