Teste: Renegade diesel; pouca areia para muito caminhão

Marcelo Ramos
miramos@hojeemdia.com.br
31/03/2017 às 11:48.
Atualizado em 15/11/2021 às 13:57

Depois de dois anos do lançamento do Jeep Renegade, voltamos a andar na versão topo de linha Trailhawk, equipada como motor turbodiesel 2.0 de 170 cv, caixa automática de nove marchas e tração 4x4. Na primeira ocasião, o leitor pôde conferir as incontestáveis habilidades fora de estrada. Agora colocamos o Renegade no habitat da grande maioria dos consumidores: a cidade.

Com preço de entrada de R$ 136.990, o Trailhawk é um carro caro e supera até mesmo o irmão Compass na maioria das versões com motorização flexível. 

O preço salgado justifica pela versão ser a topo de linha, mas até mesmo a Sport, quando combinada com o conjunto mecânico mais sofisticado, não custa menos que R$ 115 mil. Daí o investimento é válido para quem realmente faz uso de todo o potencial off-road rodando em terrenos de difícil acesso e pouca aderência, onde o jipinho é imbatível.

Argumentos
Para uso urbano, o grande benefício é o consumo. O jipinho registrou média de 11,9 km/l na cidade, que faz dele tão econômico quanto um popular equipado com motor três cilindros.

Outro argumento para tentar justificar a escolha do diesel ao invés do 1.8 flex está na facilidade para subir as impiedosas ladeiras da capital mineira e adjacências. Para quem mora em bairros como Santo Antônio, Padre Eustáquio, Cruzeiro ou São Lucas, ele exibe valentia sem se sujar de barro.

O Renegade também se mostra esperto no trânsito. A oferta generosa de torque (35,7 mkgf) faz o jipinho acelerar com muita força, o ideal para sair de um lamaçal, mas em demasia para sobreviver na “selva de pedra”.

Raio-X Jeep renegade trailhawk 2.0 4x4

O que é?
Utilitário-esportivo (SUV) compacto de cinco lugares.

Onde é feito?
Produzido na unidade de Goiana (PE).

Quanto custa?
Testado R$ 136.990
Completo R$ 152.690

Com quem concorre?
O Renegade não tem adversários com configurações idênticas, mas quando se avalia as capacidades todo-terreno ele acaba se confrontando outros utilitários de segmentos diferentes, como Ford EcoSport FreeStyle 2.0 4WD (R$ 91 mil), Renault Duster 4x4 (R$ 86.620), Mitsubishi ASX AWD (R$ 119.990) e Troler T4 (R$ 127.088).

No dia a dia
O Renegade é um automóvel confortável e com ótimo nível de acabamento. Apesar de o espaço interno ser limitado, oferece bom nível de conforto para quatro adultos. O senão fica por conta do porta-malas, que oferece apenas 260 litros. Os 4.22 metros de comprimento podem fazer falta na hora da bagagem, mas fazem desse Jeep um carrinho fácil de se virar na cidade e acomodá-lo em vagas estreitas. 

O modelo é carismático e as linhas são tão simpáticas quanto as de um Fusca ou um Cinquecento.

Motor e transmissão
O motor turbodiesel 2.0 de 170 cv e 35,7 mkgf de torque faz dele um verdadeiro trator. Aliado à transmissão de nove marchas e tração 4X4, com opção de reduzida, seletor de tipo de piso e bloqueio de diferencial, o Renegade é capaz de encarar qualquer tipo de terreno e até mesmo ladeiras da capital, onde a grande maioria dos automóveis não consegue subir ou nem mesmo descer.

Como bebe?
O consumo na cidade foi de 11,9 km/l.

Suspensão e freios
O Renegade turbodiesel utiliza suspensão independente nas quatro rodas com acerto para uso fora de estrada, o que penaliza o conforto. Por outro lado, praticamente ignora lombadas e se a situação exigir, meio-fio também. 

No entanto, para facilitar as frenagens, o SUV conta com freios a disco nas quatro rodas, além de controle de partida em rampa (Hill Holder) e freio de estacionamento eletrônico.

Pontos positivos
Estilo
Robustez
Consumo

Pontos negativo
Preço
Porta-malas

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