Teste: T-Cross Highline tem conteúdos e motor de sobra, mas é caro

Marcelo Jabulas
@mjabulas
27/12/2019 às 15:56.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:06
 (Marcelo Jabulas)

(Marcelo Jabulas)

A Volkswagen demorou uma encarnação para colocar um SUV compacto no mercado e nós levamos outra para conseguir avaliar o jipinho. Não que já não tivéssemos guiado o carro, mas só agora, no apagar de 2019 pudemos conferir todos seus detalhes. 

O T-Cross é a resposta da marca para o segmento que surgiu há quase 20 anos, com o EcoSport. E explodiu há cerca de cinco anos, com a chegada de Renegade, Kicks, HR-V, Creta, 2008 e por aí vai. Nesse período, a Volks bem que tentou se posicionar, a princípio com o Tiguan (de primeira geração), mas era um carro caro e muito sofisticado para disputar mercado. 

 Em 2012, ela revelou o conceito Taigun, que foi apresentado mundialmente no Salão do Automóvel, com direito à presença do, então menino, Neymar. Mas o jipinho, montado sobre a base do Up não vingou, assim com a atuação do craque em copas do mundo. 

O carro
Testamos a versão Highline, topo de linha, que oferece um pacote de conteúdos arrebatador, mas peca pela simplicidade do acabamento, repleto de plásticos duros e que pesam contra numa primeira impressão do consumidor, quando vai à concessionária.

Por outro lado, o modelo compensa pelo motor 1.4 de 150 cv que faz dele um jipinho muito arisco, com arrancadas nervosas e também pelo pacote de conteúdos, que oferece itens que não são comuns nos modelos do segmento (ver ficha ao lado).

Mas o que tira o brilho do jipinho é o preço. Ele parte de R$ 109.990 e se for recheado com todos os opcinais, que fazem dele um modelo referência entre os utilitários compactos, sue preço sobe para quase R$ 127 mil, muito além do que é cobrado pelos rivais. E nesse segmento preço é fundamental.

Raio-x Volkswagen T-Cross Highline 1.4

O que é?
Utilitário-esportivo (SUV) compaco, quatro portas e cinco lugares.

Onde é feito?
Fabricado na unidade São José dos Pinhais (PR).

Quanto custa?
Entrada: R$ 109.990
Testado: R$ 126.730

Com quem concorre?
O T-Cross Highline concorre no topo do segmento de SUV’s compactos como Chevrolet Tracker Premier 1.4, Citroën C4 Cactus Shine 1.6, Ford EcoSport Titanium 2.0, Honda HR-V Touring 1.5, Hyunda Creta Prestige 2.0, Jeep Renegade Trailhawk 2.0, Nissan Kicks SL 1.6, Peugeot 2008 Griffe 1.6 e Renault Captur Intense 2.0.

No dia a dia
O T-Cross é um jipinho que se comporta na cidade da mesma forma que o Polo. Compacto é um carro fácil de manobrar e encontrar brechas nos engarrafamentos. Apesar de ser mais alto que o hatch, a posição de digirir é baixa como em todo VW. Mas é possível elevar a altura do banco e garantir boa visibilidade. 

O T-Cross, na versão topo de linha permite um pacote de conteúdos sem equivalentes em seu segmento. Itens como bancos revestidos em couro, quadro de instrumentos digital, partida sem chave, multimídia (com Apple CarPlay, Android Auto, GPS nativo e câmera de ré), ar-condicionado digital de duas zonas, trio elétrico (vidros, travas e retrovisores elétricos) já despontam diantes dos rivais, mas ele vai além com teto solar panorâmico e assistente de estacionamento (Park Assist), que tornam o jipinho referência entre os miudinhos.

O que peca é seu acabamento, que segue o padrão mixuruca do Polo e Virtus. Faltam materiais macios como em boa parte dos rivais. Por outro lado, a montagem é impecável. 

Motor e transmissão
A unidade TSI 250 1.4 de 150 cv e 25 mkgf de torque é um motor exemplar e sobra no T-Cross. Ele oferece bom comportamento e entrega torque em baixa rotação, o que garante segurança em retomadas. A transmissão automática de seis marchas tem trocas rápidas e sempre privilegia a eficiência. O comportamento do conjunto mecânico pode ser ajustado com o setor de condução que tem quatro modos, com opção mais econômica e esportiva.

Como bebe?
Testamos o T-Cross com gasolina e álcool. Com combustível verde a média foi de 7,5 km/l na cidade. Com gasolina a média do de 9,5 km/l.

Suspensão e freios 
O T-Cross utiliza conjunto de suspensão independente, do tipo McPherson, na direita e eixo de torção na traseira. Seus freios são a discos ventilados, na frente, e discos sólidos na traseira. Ele ainda conta com ESP, controle de tração e assistente de partida em rampa (Hill Holder).

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