Testemunha diz ter visto aluno se jogar de colégio no RJ

Equipe AE
02/10/2012 às 18:39.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:45

A Polícia Civil do Rio coletou na tarde desta terça-feira (2) os depoimentos de dois instrutores responsáveis pela fiscalização dos alunos do Colégio São Bento, no centro do Rio, e que teriam presenciado o momento em que um garoto de 12 anos caiu do 5º andar do edifício. De acordo com o delegado que coordena as investigações, José Afonso Mota, um dos inspetores afirmou ter visto o aluno com o corpo para fora do parapeito de um dos corredores da escola e ter se soltado.

O adolescente está internado no Hospital Souza Aguiar em estado muito grave, de acordo com a secretaria municipal de Saúde. O caso aconteceu no fim da tarde da sexta-feira, na hora da saída da escola. O garoto foi diagnosticado com traumatismo craniano, ruptura no baço e fratura da bacia.

Segundo os depoimentos, o garoto estava sozinho no corredor e teria deixado a mochila, óculos e sapatos no chão antes de se debruçar sobre o parapeito. Ao ver o estudante com o corpo para fora do prédio, o inspetor teria questionado o aluno, que então teria soltado as mãos da marquise. Ainda conforme a testemunha, que não foi identificada, o garoto caiu na marquise do terceiro andar do prédio.

"Era saída da escola e o menino estava sozinho no corredor. Esse monitor achou estranho e viu ele pendurado na janela, com o corpo para fora e subindo na marquise. Quando ele olhou disse: 'o que é isso, o que está acontecendo?'. E aí o menino soltou a mão e caiu", contou o delegado José Afonso Mota. Ainda de acordo com os depoimentos, o garoto era introvertido, calmo e fechado e estava há cinco anos na escola.

A polícia ainda fez na tarde desta terça a perícia no local onde o garoto caiu e aguarda a verificação das câmeras de segurança da escola para esclarecer as circunstâncias da queda. O delegado afirma que apura a responsabilidade do colégio, considerado um dos melhores do país, e também as motivações que levaram o garoto ao ato. "Ainda é muito cedo para falar sobre isso. Não tenho relatos se houve bullying ou se o garoto tinha depressão. Todas as possibilidades serão investigadas", afirmou o delegado.
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