Testes mostram que duas vacinas contra o ebola são seguras, diz OMS

Estadão Conteúdo
09/01/2015 às 20:24.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:37
 (China Out)

(China Out)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta sexta-feira (9) que duas vacinas contra o ebola provaram ser seguras, e logo devem ser testadas em voluntários saudáveis na África.

De acordo com a doutora Marie-Paule Kieny, que lidera o grupo responsável pela luta contra o ebola na OMS, "as vacinas têm nível de segurança aceitável". Segundo ela, os próximos testes devem começar em breve. Além das duas vacinas aprovadas, uma fabricada pela GlaxoSmithKline e outra licenciada por Merck e NewLink, novas pesquisas estão sendo desenvolvidas nos Estados Unidos, Rússia e outros países.

Os testes com a vacina da Merck e NewLink chegaram a ser interrompidos em dezembro, por causa de relatos de dores nas juntas entre alguns dos pacientes que receberam o tratamento. No entanto, Marie-Paule afirmou que os efeitos colaterais não eram significativos.

A nova fase de testes deve durar seis meses, e acontecerá ao mesmo tempo em que as farmacêuticas começarão a produzir em larga escala os produtos, o que significa que milhões de vacinas podem estar disponíveis no fim do ano. No entanto, especialistas ainda discutem se elas serão usadas em populações inteiras ou apenas grupos de risco.

Acredita-se que o ebola tenha infectado mais de 20 mil pessoas e matado 8 mil delas, principalmente na Guiné, Libéria e Serra Leoa. Oficiais estimam que a taxa de mortalidade da doença é de cerca de 71%. No entanto, o número de novos infectados vem caindo rapidamente.

Para o doutor Peter Piot, que ajudou a descobrir o vírus do ebola, é possível que quando a vacina esteja pronta, não existam mais casos em número suficiente para provar sua eficiência. Ainda assim, diz ele, qualquer opção deve ser considerada na luta contra o maior surto da doença no mundo.

"Com o ebola, você precisa encontrar todos os casos para interromper qualquer contágio", disse. "Pode acontecer de não conseguirmos fazer isso sem uma vacina." Fonte: Associated Press.
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