Alheia ao futebol, o ciclo da vida se renova ano após ano na Patagônia argentina. De setembro a abril, a Península Valdés é invadida por lobos-marinhos e leões-marinhos, dentre outras espécies de mamíferos aquáticos, que ocupam as praias da região para procriar. E no meio dessa maternidade ao ar livre, as orcas fazem a festa.

O maior dos golfinhos (isto mesmo: a orca não é uma baleia e, sim, um golfinho), que vive no Atlântico Sul e na região da Antártida, é atraído pela farta oferta de alimento – no caso, os filhotes de lobos-marinhos, leões-marinhos, focas e demais pinípedes.

Durante o período, turistas e especialistas em vida marinha se aglomeram próximo das praias para contemplar a renovação da vida e, também, o banquete das orcas. Algo que, no entender de biólogos e especialistas, é natural.

Mas quem quiser pegar o início da temporada deve ficar atento. Isso porque as opções de hospedagem da região lotam nessa época, não só para assistir à luta pela sobrevivência, mas também o espetáculo dos gigantescos cetáceos de várias espécies que visitam a região. Para setembro, os preços das diárias variam entre R$ 60 e R$ 360, dependendo do serviço oferecido.

Trajeto

Chegar lá não é tão simples. O aeroporto de Puerto Madryn é pequeno e poucas companhias voam até lá. Uma delas é a Andes Lineas Aéreas, que tem voos regulares três vezes por semana, partindo de Buenos Aires.

O preço dos bilhetes gira em torno dos R$ 1.500, ida e volta. Já as passagens de ida e volta, de Belo Horizonte até a capital argentina, não saem por menos de R$ 800, cada trecho.

Para entrar na área de proteção ambiental em Punta Loma, pagam-se alguns pesos. Já um passeio de barco para ver de pertinho as baleias pode custar o equivalente a R$ 60.

No entanto, é bom ficar atento: a temperatura média nessa época do ano gira entre 10 °C e 15°C de média, temperatura que pode baixar ainda mais num passeio mais afastado da costa.

Pinguins

Quem simpatiza com os pinguins não deve perder a oportunidade de ir até Punta Tombos, a pouco menos de 200 quilômetros de Puerto Madryn. A região é reduto dessas aves marinhas, que têm seus filhotes por lá.

O mais legal é que é possível chegar perto deles, mas é preciso tomar cuidado para não chegar perto dos ninhos. Afinal, eles só se reproduzem uma vez por ano e não se pode arriscar a perder a renovação de mais uma geração.

 

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