Respirando arte em Praga, no Leste Europeu

Paulo Leonardo - Hoje em Dia
03/09/2014 às 07:54.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:03
 (Czech Tourism)

(Czech Tourism)

De Andy Warhol à arte milenar chinesa, a agenda cultural de Praga neste segundo semestre está intensa. O que não chega a ser uma novidade. Os tchecos se orgulham do dinamismo e da diversidade da cena cultural de sua capital, uma das mais charmosas e bonitas da Europa.

O fato de o país ter sido ocupado, ao longo de mais de 1.000 anos de História, e por mais de uma vez, por alemães, austríacos, russos e eslavos, resultou em uma herança cultural riquíssima para os tchecos.

Na música, na literatura, nas artes plásticas e na arquitetura, o país sempre se destacou, e não apenas revelou gênios para o mundo, como o compositor Antonín Dvorák (1841-1904) e o imortal escritor Franz Kafka (1883-1924), como também atraiu a crème de la crème da intelectualidade europeia entre os séculos 18 e 19, como Mozart, que visitou a cidade cinco vezes, entre 1787 e 1791 (poucos meses antes de sua morte) e estreou diversas óperas e concertos em seus teatros.

Neste segundo semestre, certamente uma das exposições mais visitadas será os “Tesouros da China Antiga”, que ocupará o Haras do Castelo de Praga. Ela será dividida em três seções: as origens da civilização chinesa; o auge cultural, do século 1 ao 10 (período do qual data o famoso exército de argila); e o artesanato dos últimos 500 anos. Essa exposição no Castelo de Praga ficará em cartaz até 9 de novembro.

O Castelo de Praga, o maior da Europa, abrigará exposição chinesa. Crédito da foto: Czech Tourism/ Divulgação

Até 31 de dezembro, a Galerie Art Praha receberá a exposição “Andy Warhol - I’m OK”, uma coleção única das obras do ícone da pop-art.

A Galeria Nacional de Praga exibirá, até 2 de novembro, a exposição “Vivat musica!”, dentro das celebrações do Ano da Música Tcheca.

Na mesma galeria, até o dia 31 de dezembro do ano que vem (ou seja, tem tempo de sobra para ser vista), tem a exposição do pintor tcheco Alfons Mucha (1860-1939), que ganhou fama graças à original criação decorativa ao estilo da Art Nouveau, em Paris, na passagem do século 19 para o 20. Na exposição, um ciclo de 20 grandes quadros, inspirados na mitologia eslava e na história da nação: a “Epopeia Eslava”.

A Casa Municipal, um dos edifícios mais conhecidos do centro antigo de Praga, está com a exposição “Art Nouveau”, até 31 de dezembro.

Informações sobre os atrativos turísticos e as atrações culturais estão em no site www.czechtourism.com.

Igrejas se tornam salas de concerto

Uma curiosidade sobre Praga: quase todas as igrejas da cidade são utilizadas para concertos e encenações teatrais, e não para missas. Isso se deve ao fato de que, na República Tcheca, 80% da população não tem religião, uma característica herdada depois de tantos períodos de domínio estrangeiro, por povos que impunham religiões diferentes ou, mesmo, proibiam todas, como nos tempos do regime soviético, que acabaram desacostumando o povo aos ritos religiosos.

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