Os nativos gostam de dizer, com orgulho, que Amsterdã já era globalizada antes mesmo de esta palavra ser inventada. Segundo eles contam, a partir dos anos 60 ela deixou de ser o ponto de encontro de gente das províncias holandesas e passou a atrair jovens de todos os cantos do mundo.

Quatro décadas depois, Amsterdã ainda é um dos destinos que mais atraem jovens. O engraçado é que eles não ficam lá por tanto tempo. Segundo estimam as pesquisas locais, dois terços da população de Amsterdã permanece na cidade apenas uma parte da vida. Este constante fluxo de gente acaba fazendo com que essa sociedade fique cada vez mais acostumada às diferenças.

Contribui para isso, certamente, uma longa tradição laica. Quase 40% da população holandesa não tem qualquer filiação religiosa.

Liberal, ma non troppo

A liberalidade em relação às drogas atrai muita gente, mas existem leis para controlar isso.

Em 1978, o governo alterou as leis em relação às drogas, fazendo distinção entre as leves (como a maconha e o haxixe) e as duras (heroína e cocaína), entre outras. A posse e a venda de pequenas quantidades de cannabis sativa são ofensas menores. Já a posse de mais do que 30 gramas de maconha ou haxixe é considerada crime.

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