(Honda)
Monovolumes, assim como as peruas, foram duramente impactadas pelo totalitarismo dos utilitários-esportivos (SUV’s), que se tornaram quase regra no mercado de automóveis. No entanto, o Honda Fit segue impávido diante do rolo compressor dos jipinhos. Correndo sozinho no segmento, o Hondinha emplacou 22.587 unidades de janeiro a outubro, segundo a Federação da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). E só não vende mais porque a marca prioriza a produção do HR-V, que é um SUV.
O Fit se destaca pela motorização eficiente, bom espaço interno, arquitetura que permite levar de tudo lá dentro e bom pacote de conteúdo. Isso sem contar o lastro que o emblema japonês tem na praça.
Seus predicados dão à fabricante liberdade suficiente para passar à remarcadora sem constrangimento. Hoje o Fit parte de R$ 60.500 e pode chegar a R$ 83.300.
Segunda mão
Uma solução para levar o Hondinha para casa é apelar para o varejo de usados. Mas é bom se preparar, pois o carrinho também é valorizado nos classificados.
Fabricado desde 2003, o Fit está na terceira geração e tem preços que variam de R$ 18 mil a R$ 72.300, dependendo do ano de fabricação, versão de acabamento e conjunto mecânico.
Optar por unidades da primeira geração é um bom negócio, se o comprador conhecer a procedência do carro. Pois carros com muitos anos de uso inevitavelmente demandaram uma revisão pesada, que pode acabar pesando no orçamento. O resultado nem sempre é satisfatório.
Uma opção para quem busca o modelo, mas não pode investir muito dinheiro, é a versão EX 1.5 automático, ano 2014 (de segunda geração). Segundo a Fipe, a versão é avaliada em R$ 46 mil, mas como se trata do ano da virada para a atual geração, acabou desvalorizando e pode ser encontrada por R$ 43 mil no varejo de usados. Para se ter uma ideia, uma unidade da mesma versão, do mesmo ano, mas da geração três, não sai por menos de R$ 55 mil.
Assim, a opção conta com ítens de série, como ar-condicionado automático, direção elétrica, volante multifuncional com borboletas e ajuste de altura, computador de bordo, trio elétrico (vidros, travas e retrovisores elétricos), rádio (CD e USB), sensor de ré, rodas de liga leve aro 16 e faróis de neblina.
A versão foi a última a conta com a combinação do motor 1.5 de 116 cv e transmissão automática de cinco marchas, que foi substituída por caixa do tipo CVT na atual geração. O senão fica por conta do consumo mais elevado, com médias que podem variar de 7 km/l na cidade, quando abastecido com álcool. Mas é o preço do conforto.