Usiminas fecha acordo da dívida com os bancos

José Antônio Bicalho
jleite@hojeemdia.com.br
15/06/2016 às 21:53.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:55
 (Divulgação Usiminas)

(Divulgação Usiminas)

A Usiminas divulgou ontem fato relevante no qual informa que concluiu a renegociação de sua dívida com os bancos brasileiros – Banco do Brasil, Bradesco e Itaú Unibanco. Resta a adesão do BNDES, que ainda depende de aprovação interna.

O prazo negociado para o pagamento da dívida é de dez anos a contar da assinatura, com três de carência para amortização do principal. Não foram divulgadas as condições de juros e amortização, mas técnicos que acompanharam o processo informaram que no primeiro ano após a carência vencerá 5% do principal da dívida (cerca de R$ 375 milhões), 10% no ano seguinte (R$ 750 milhões) e 17% ao ano nos cinco anos subsequentes (R$ 1,275 bilhão). O juro, segundo uma fonte, seriam de CDI mais 2,5% ao ano.

A assinatura definitiva do acordo, no entanto, depende da aprovação pelo BNDES e da conclusão da operação de aumento de capital de R$ 1 bilhão, que ainda está em curso. Além do pool de bancos, a negociação abrange os detentores de debêntures emitidas pela siderúrgica.

O pagamento será em 10 anos, com três de carência

Bancos brasileiros e debenturistas representam cerca de 75% do total da dívida da siderúrgica, de R$ 7,5 bilhões ao final de março (dado do último balanço trimestral). O restante está em mãos de três bancos japoneses, sendo a maior parte contratada junto ao JBIC, o Banco Japonês de Cooperação Internacional.

A negociação com os japoneses também estaria em fase final e as condições de carência e prazo seriam semelhantes.

Ações
O acordo foi bem recebido pelo mercado e ontem as ações da Usiminas dispararam[/TEXTO] ontem 22,7%. Corretoras e analistas viraram suas recomendações para compra da Usiminas, já que ainda existe muito espaço para valorização. A ação (preferencial USIM5) que fechou ontem a R$ 2,05, no início de 2014 era cotada a R$ 13,75.

A Usiminas atravessa atualmente uma gravíssima crise financeira provocada pela queda das vendas no mercado interno e pela depressão dos preços internacionais por conta da desaceleração da China. Também enfrenta uma briga interna entre os sócios controladores, os grupos japonês Nippon Steel e argentino Ternium/Techint pelo controle da empresa.

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