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O setor moveleiro também reclama das medidas impostas pelo governo federal para cobrir o custo do subsídio do diesel. O presidente da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), Daniel Lutz, revela que a participação do setor no mercado mundial encolheu pela metade nos últimos 18 anos. “No mercado mundial, tínhamos 1% de participação nas vendas em 2000. Hoje, estamos passando um pouco de 0,5% e com muito esforço”, afirmou.
Segundo ele, esse esforço para aumentar as exportações esbarra na reoneração da folha de pagamentos e no Reintegra (programa federal que ressarce exportadores do resíduo tributário embutido).
O que vai acontecer, conforme Lutz é que, no mercado interno, os moveis ficarão mais caros. E as exportações, já combalidas, vão minguar ainda mais.
“A Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) nos ajudou, investiu dinheiro para promover as exportações e, na contramão, faz com que todo investimento vá por água abaixo. Vamos exportar toras? O Brasil volta a ser um grande celeiro”, desabafou.
O Ministério da Fazenda não se posicionou sobre a insatisfação das entidades quanto ao Reintegra, desoneração da folha e frete.