Vereador é denunciado por divulgar imagens de alunos e professora sem autorização em vídeo polêmico

Paula Bicalho
pbicalho@hojeemdia.com.br
10/10/2017 às 21:31.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:10
 (Reprodução Facebook)

(Reprodução Facebook)

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte - Sind-Rede/BH entrou com uma denúncia na Câmara Municipal, contra o vereador Jair Di Gregório (PP) por ter divulgado um vídeo editado em que induz a uma situação com o objetivo de criminalizar a educação pública municipal. 

No vídeo, o vereador divulgou imagens de uma professora e de alunos menores de idade, sem a autorização, o que infringe, segundo o Sindicato, o inciso III do artigo 79, da Lei Orgânica do Município, art. 5º, inciso X da Constituição Federal – e ainda, ao art. 12 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada e proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas. 

Além do mais, o vídeo afronta gravemente o artigo 17 do Estatuto da Criança e do Adolescente, bem o artigo 20 do Código Civil. O Sind-Rede pede que, depois de receber a denúncia, Jair Di Gregório responda por falta de decoro em sua conduta pública. 

A secretária de Educação de Belo Horizonte, Ângela Dalben, também enviou à Câmara Municipal um pedido de investigação contra o vereador por quebra de decoro parlamentar. 

O documento foi encaminhado, ao presidente da Casa, Henrique Braga (PSDB), e tem por base o vídeo feito por Jair no último dia 4 e veiculado em redes sociais, no qual ele exibe uma professora e uma turma de alunos da rede municipal que haviam acabado de deixar o Palácio das Artes.

Resposta

Em nota publicada em sua página no Facebook, Jair Di Gregório disse que, depois de receber a denúncia sobre a exposição, foi ao Palácio das Artes e, quando desceu do carro, começou a filmar porque viu vários ônibus escolares em frente ao museu. No caminho, encontrou a professora e os alunos e perguntou se eles estavam vindo da exposição, mas a professora respondeu que vinham do Festival de Curtas. Assim, continuou filmando para um ao vivo na sua página na rede social com o intuito de mostrar que qualquer um podia entrar na exposição, sem nenhum controle pelo museu. 

Ele reconhece que houve constrangimento por causa da dimensão que o vídeo tomou e pede desculpas publicamente para a professora e os alunos, reafirmando que eles nada tem a ver com a denúncia. 

Assista ao vídeo: 

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