Vereador suspeito de 'rachadinha' na Câmara Municipal de BH apresenta defesa

Rosiane Cunha
16/05/2019 às 21:56.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:41
 (KAROLINE BARRETO/CMBH)

(KAROLINE BARRETO/CMBH)

O vereador Cláudio Duarte (PSL), suspeito de se apropriar de salários de servidores da Câmara Municipal de Belo Horizonte, prática conhecida como “rachadinha”, apresentou defesa nesta quinta-feira (16), prazo final para apresentar as  provas e testemunhas que comprovem a inocência do parlamentar.

Agora o relator da comissão processante, vereador Mateus Simões (Novo), tem até a próxima terça-feira (21) para analisar o documento e informar se prossegue ou não com as investigações sobre quebra de decoro.

De acordo com a (CMBH), a denúncia foi protocolada na casa pelo advogado Mariel Marley, o mesmo que entrou com o pedido de cassação do mandato do vereador afastado Wellington Magalhães (PSDC), e com o impeachment do ex-governador Fernando Pimentel (PT). A abertura do processo foi aprovada por unanimidade, com 39 votos, do total de 41 vereadores. A presidente Nely Aquino (PRTB) não votou e Duarte está afastado.

Prisão

Eleito para o primeiro mandato em 2017, o vereador Cláudio Duarte foi preso preventivamente no último dia 2 de abril, acusado de embolsar ao menos R$ 1 milhão com o esquema das "rachadinhas". Segundo a Polícia Civil, o vereador do PSL chegou a ameaçar funcionários para não delatarem o esquema, realizado durante os dois últimos anos.

Em um caso, Duarte confiscava R$ 10 mil mensais de apenas um funcionário, que tinha salário de R$ 11 mil. O operador do esquema era o chefe de gabinete do parlamentar, responsável por coagir os funcionários e fazer os repasses em dinheiro ao vereador.

Duarte e o chefe de gabinete respondem ao processo em liberdade desde o dia 12 de abril, data em que conseguiram alvará de soltura da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Eles ainda vão responder na Justiça por peculato, pedido de vantagem ilícita, formação de organização criminosa e obstrução de Justiça.

Mesmo afastado do legislativo municipal, o parlamentar continua recebendo o salário de R$ 17.642,33 mensais, conforme prevê a Constituição municipal.

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