Viúva diz que auditor foi ameaçado por Mânica: "ia tomar um tiro na cabeça"

Alessandra Mendes - Hoje em Dia
27/10/2015 às 15:13.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:14
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

A viúva de uma das vítimas da Chacina de Unaí, ouvida no julgamento de dois dos réus do caso, confirmou que o auditor fiscal estava sofrendo ameaças do réu. Elba Soares da Silva, que morava há quatro anos com Nelson José da Silva, contou aos jurados que o companheiro chegou a dizer que "ia tomar um tiro na cabeça". Segundo Elba, ele chegou a relatar ainda um episódio em que foi ameaçado por Norberto Mânica, que estava portando um chuço.

Elba é a quarta pessoa a ser ouvida no júri. Por ser parente de uma das vítimas, ela prestou depoimento na condição de informante e não de testemunha. Ao todo, 34 pessoas foram arroladas pela acusação e defesa.

Também já foram ouvidas na tarde desta terça-feira na Justiça Federal, um auditor fiscal que trabalhava com as vítimas, um auxiliar administrativo que trabalhava no escritório de contabilidade que prestava serviços para os irmãos Mânicas e o policial militar que atendeu a ocorrência na época do crime, em janeiro de 2004.

Crime

Em 28 de janeiro de 2004, três auditores fiscais e um motorista do Ministério do Trabalho foram assassinados em Unaí, região Noroeste de Minas. O quarteto foi executado enquanto seguia para fiscalizar fazendas no município.

Segundo denúncia do Ministério Público Federal (MPF), os mandantes foram os irmãos fazendeiros Norberto e Antério Mânica. Os empresários Hugo Alves Pimenta e José Alberto de Castro foram acusados de intermediários do assassinato.

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